A presidente Dilma Rousseff disse em Parnamirim (PE), nesta quinta-feira, que não concorda com a anistia aos PMs da Bahia que encabeçaram o movimento grevista que durou 10 dias, incentivando o caos e a baderna.
Ela disse não achar correto instaurar o “pânico e o medo” como fizeram os PMs baianos, protagonizando situações “que não são compatíveis com o regime democrático”.
Por isso, acrescentou, não é certo dar anistia a essas pessoas, antes mesmo de o processo ser instaurado, pois, do contrário, o Brasil vira um país “sem regras”.
A presidente declarou que ficou “estarrecida” com as gravações exibidas quarta-feira à noite pelo Jornal Nacional entre o líder dos grevistas, Marco Prisco, e um companheiro dele do Rio de Janeiro, nas quais se fala em promover atos de vandalismo, inclusive com o incêndio de ônibus, para forçar o Governo do Estado a atender duas reivindicações.
“Fiquei estarrecida quando vi as gravações e o sobre fato de haver outros interesses envolvidos nesta paralisação”, declarou a presidente, frisando que o governo federal está pronto para dar apoio ao Governo da Bahia, assim como fez com os Governos do Maranhão e Ceará que enfrentaram situações análogas.
Ela disse que estava aguardando “com muita expectativa” o desenrolar dos acontecimentos, dado que quando deu a entrevista os PMs já haviam desocupado o prédio da Assembleia Legislativa mas a greve ainda não tinha se encerrado.
A presidente não queria falar sobre a greve dos PMs na entrevista que deu em Parnamirim, mas só sobre a Transnordestina. Porém, depois que repórter Letícias Lins (“O Globo”) ponderou que o Brasil inteiro gostaria de ouvir a opinião dela sobre o movimento, accedeu.
O líder da greve da PM-BA, Marco Prisco, fez uma exigência ao Exército e foi atendido: abandonar o prédio da Assembleia Legislativa pela porta dos fundos para não ser fotografado pela imprensa.
Prisco, que foi expulso da PM há dois anos, é filiado ao PSDB. Nas últimas eleições foi candidato a deputado estadual mas não se elegeu. Na próxima, com certeza, se elegerá, como ocorreu em Pernambuco com o Soldado Moisés.
Fonte:http://maisab.com.br/tvasabranca/inaldosampaio/2012/02/09/dilma-diz-em-parnamirim-ser-contraria-a-concessao-de-anistia-aos-pms-da-bahia-que-pregaram-o-caos-e-a-desordem/
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