Três escolas técnicas e dois institutos de tecnologia e inovação terão investimentos de R$ 171 milhões
MICHELINE BATISTA
Pernambuco vai ganhar três novas escolas técnicas, dois institutos de tecnologia e um de inovação em um prazo de até dois anos. Os investimentos serão feitos pelo Sistema Indústria e somam R$ 171 milhões. O anúncio foi feito ontem pela manhã no Recife pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, ao participar de uma reunião com empresários na sede da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe).
Segundo Andrade, o objetivo do Sistema Indústria ao investir nessas novas unidades é estimular a competitividade industrial, principalmente na área de inovação tecnológica, dando suporte aos novos empreendimentos que estão aportando na Região Metropolitana do Recife e no Interior.
“É para que Pernambuco tenha a mão de obra qualificada necessária para suportar seu crescimento. O estado cresce muito, tem investimentos vultuosos. O que nós podemos fazer para contribuir é preparar mão de obra de altíssimo nível”, declarou o presidente da CNI. À tarde, o plano de investimentos foi apresentado ao governador Eduardo Campos.
O objetivo do Senai em Pernambuco é sextuplicar o número de vagas, passando de 63.420, em 2011, para 383.258 em 2012. O número de cursos também deverá pular de 191 para 298. No Brasil, o Sistema Indústria está investindo R$ 1,5 bilhão na construção e ampliação de escolas e institutos.
As três novas escolas técnicas serão construídas em Goiana, Ipojuca e em Jaboatão dos Guararapes. Todas começam a funcionar no primeiro semestre de 2013. Já Paulista terá um instituto de tecnologia em química (R$ 9,3 milhões) e Petrolina ganhará um instituto de tecnologia em alimentos e bebidas (R$ 7,4 milhões).
Serão implantados ainda um instituto de tecnologia em automação (R$ 15 milhões) e um instituto de inovação em tecnologia da informação e comunicação (R$ 50 milhões), em locais ainda não definidos. O mais provável é que eles fiquem no Grande Recife. O centro de inovação em TIC terá, entre suas áreas de pesquisa, digital media, e-business, e-governo e medicina digital.
“Esses investimentos serão feitos no prazo mais curto possível, em no máximo dois anos”, garantiu Robson Andrade. Ele voltou a falar da desoneração de investimentos e tributária como forma de aumentar a competitividade da indústria brasileira. Reclamou ainda, dos custos da energia elétrica e dos gargalos na infraestrutura, principalmente nos portos.
Crescimento
Para o presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real, os investimentos são necessários para que os pernambucanos se qualifiquem e conquistem os empregos que estão sendo criados pelos novos empreendimentos. “É uma indústria diferente que está chegando – refinaria, estaleiro, polo automotivo, farmacoquímico. Por isso essa necessidade de investir, para que os bons empregos fiquem em Pernambuco”. Ele estima que a indústria pernambucana vai crescer três pontos porcentuais acima da brasileira este ano. Em 2011, no terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria cresceu 5,4% no estado e 1,0% no país.
Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2012/02/11/economia9_0.asp
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