Com 13 votos a favor e cinco contra, a Câmara dos Vereadores de Jaboatão dos Guararapes aprovou, ontem, o Projeto de Lei nº 42/11 que aliena alguns imóveis da cidade. O público que lotou as galerias levou cartazes repudiando o possível leilão de domínio do município. Entre os bens, estão o terreno da antiga Policlínica Carneiro Lins, o antigo matadouro municipal, terrenos no bairro de Barra de Jangada e uma antiga escola em Engenho Velho.
Durante a sessão, as pessoas ovacionavam o discurso dos parlamentares criando um “clima de guerra” e discussão entre os partidários. Na reunião, foi possível perceber que o candidato à prefeitura pelo PPL, vereador Eliezer Costa, preparou uma claque para apoiar a sua opinião contra o projeto. “Jaboatão não está à venda. Eu sei que os imóveis estão sendo vendidos para preencher os cofres da prefeitura que estão vazios. O prefeito não pode vender um bem público. Já estamos alocados em imóveis alugados, isso não pode acontecer”, acusou.
Um dos parlamentares mais exaltados no plenário era o vereador Edson Oliveira (PSB), também conhecido como “Louro”. Para ele, a venda dos imóveis é a melhor solução. “Os prédios estão acabados, não tem outra solução a não ser leiloá-los mesmo. Me exaltei por conta dos discursos da oposição que queriam desviar as atenções para eles mesmos”, defendeu-se.
Um dos poucos presentes que não mostrava, aparentemente, estar do lado de algum parlamentar foi o aposentado Mario Formigão. Utilizando um cartão vermelho, típico dos árbitros de futebol, ele demonstrou a sua insatisfação com o discurso de alguns vereadores. “Estou sempre ao lado do povo, quando posso venho aqui, e pelo o que eu vejo o prefeito não está do lado da gente”, destacou.
Segundo o secretário municipal de Articulação Política e comunicação, Daniel Pessoa, o dinheiro arrecadado com o leilão vai ser repassado para obras de infraestrutura. Ele garante que a população pedia para a prefeitura resolver os problemas dos imóveis, que estavam também sendo usados como tráfico de drogas.
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