quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Câmara aprova venda de imóveis


Com 13 votos a favor e cinco contra, a Câmara dos Vereadores de Jaboatão dos Guararapes aprovou, on­­­­tem, o Projeto de Lei nº 42/11 que aliena alguns imóveis da cidade. O público que lotou as galerias levou cartazes repudiando o possível leilão de domínio do município. Entre os bens, estão o terreno da antiga Policlínica Carneiro Lins, o antigo matadouro municipal, terrenos no bairro de Barra de Jangada e uma antiga escola em Engenho Velho. 

Durante a sessão, as pessoas ovacionavam o discurso dos parlamentares criando um “clima de guerra” e discussão entre os partidários. Na reunião, foi possível perceber que o candidato à prefeitura pelo PPL, vereador Eliezer Costa, preparou uma claque para apoiar a sua opinião contra o projeto. “Jaboatão não está à venda. Eu sei que os imóveis estão sendo vendidos para preencher os cofres da prefeitura que estão vazios. O prefeito não pode vender um bem público. Já estamos alocados em imóveis alugados, isso não pode acontecer”, acusou.

Um dos parlamentares mais exaltados no plenário era o vereador Edson Oliveira (PSB), também conhecido como “Louro”. Para ele, a venda dos imóveis é a melhor solução. “Os prédios estão acabados, não tem outra solução a não ser leiloá-los mesmo. Me exaltei por conta dos discursos da oposição que queriam desviar as atenções para eles mesmos”, defendeu-se.

Um dos poucos presentes que não mostrava, aparentemen­­­­­te, estar do lado de algum parlamentar foi o aposentado Mario Formigão. Utilizando um cartão vermelho, típico dos árbitros de futebol, ele demonstrou a sua insatisfação com o discurso de alguns vereadores. “Estou sempre ao lado do povo, quando posso venho aqui, e pe­­lo o que eu vejo o prefeito não es­­­­tá do lado da gente”, destacou.

Segundo o secretário municipal de Articulação Política e comunicação, Daniel Pessoa, o dinheiro arrecadado com o leilão vai ser repassado para obras de infraestrutura. Ele garante que a população pedia para a prefeitura resolver os problemas dos imóveis, que estavam também sendo usados como tráfico de drogas.


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