A mudança imposta pelos protestos de junho no cenário político nacional também reverberou em Pernambuco, sobretudo nas opções do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB). O socialista, que teria flertado com a possibilidade de migrar para o PSD para disputar – com o apoio da presidente Dilma Rousseff (PT) – o Palácio do Campo das Princesas, estaria agora mirando a conquista de seu espaço no próprio PSB.
Pessoas próximas ao ministro revelam que ele, agora, já se vê como uma alternativa que o governador Eduardo Campos (PSB) tem para a sua sucessão. Essa nova postura se deve ao fato de o líder maior dos socialistas não ter opções com caráter mais político.
Alguns dos auxiliares de Campos no governo não seriam vistos com o jogo de cintura necessário para brigar sem a presença constante do governador na eleição. Eduardo, caso resolva disputar a Presidência da República, terá que rodar o País, deixando seu candidato mais solto, sozinho. O que exigiria uma postura mais ousada e um histórico político comprovado do postulante.
No entanto, FBC ainda precisaria vencer alguns obstáculos dentro do PSB. O seu flerte com o PSD e também com a presidente Dilma Rousseff incomodou muitos socialistas, que exigiam uma outra postura do ministro. Ele defendeu, em vários episódios públicos, a manutenção da aliança entre socialistas e o PT. O que, para muitos dos seus correligionários, não tem perdão.
O ministro da Integração, contudo, ainda não teria descartado por completo a possibilidade de migrar de legenda. Ele tem até o dia 4 de outubro para aferir se terá condições de ser candidato pelo PSB. Caso não, já tem alternativas à disposição.
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