quinta-feira, 17 de maio de 2012

NE é 2 na geração de empregos

Região tem pior faixa salarial do País, de um a dois mínimos, diz IBGE

 

A Região Nordeste se consolidou na segunda posição na quantidade de pessoal ocupado nas empresas do País, desbancando a região Sul e ficando atrás do Sudeste. Em 2010, o Sudeste ficou com 51,1% do pessoal ocupado assalariado no Brasil, enquanto o Nordeste empregou 18,4%, e o Sul concentrou 17% da força de trabalho assalariada. Trata-se de um ano marcado por uma forte expansão no número de empregos no País, o que puxou também um aumento na massa salarial, segundo o Cadastro Central das Empresas (Cempre), no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, a renda do trabalhador aumentou pouco. O pessoal ocupado assalariado nas empresas brasileiras subiu 6,9% na passagem de 2009 para 2010, passando de um total de 40,212 milhões de trabalhadores para 43 milhões. Como resultado, a massa salarial teve um salto de 9,2% em termos reais no período, totalizando R$ 908,823 bilhões. “Não quer dizer que, na média, os trabalhadores estejam ganhando mais. A massa salarial cresceu porque tem mais gente trabalhando e recebendo salários”, apontou a analista da área de Planejamento, Disseminação e Análise da Gerência do IBGE, Ká­tia Medeiros.

“A Região Nordeste emprega mais do que o Sul, mas é a que paga pior”, reiterou. “Mais de 60% dos empregados do Nordeste estão concentrados na faixa de um a dois salários mínimos. Talvez isso aconteça pelas características das atividades da região, que talvez paguem salários um pouco mais baixos”, justificou a pesquisadora. Em Pernambuco, por exemplo, de um total de mais de 140 mil empresas em todos os setores, há mais de 1,5 milhão de trabalhadores, movimentando pouco mais R$ 24 bilhões em rendimentos anuais.

Segundo dados do levantamento, o setor de alojamento e alimentação, que detém o quinto maior número de empresas no Estado (6.815), por exemplo, e que emprega mais de 50 mil pessoas, tem o pior rendimento pago. Cada trabalhador do segmento recebe, em média, 1,3 vez o salário mínimo atual, de R$ 622. O setor que oferece melhores pagamentos é o de eletricidade e gás, que paga 13,5 vezes o salário mínimo, mas reúne pouco mais de quatro mil contratados. Em âmbito nacional, a renda do trabalhador avançou apenas 0,6% em termos reais em relação a 2009, passando de R$ 1.640,12 para R$ 1.650,30.


 

 

Fonte:http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/edicaoimpressa/arquivos/2012/Maio/17_05_2012/0024.html

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