Depois que a presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou, no início desta semana, a liberação para deputados e senadores de R$ 6 bilhões em emendas ao Orçamento da União, a classe política reagiu de várias formas. Enquanto os aliados defenderam a medida e classificaram a atitude da presidente como uma forma de “fortalecer a base de sustentação”, a oposição criticou duramente a posição da presidente. O deputado Sérgio Guerra (PSDB), por exemplo, chamou a iniciativa de “mensalão disfarçado”.
Nesta sexta-feira (2), em entrevista à Rádio Folha 96,7 FM, o deputado federal João Paulo (PT) foi bem objetivo em sua opinião a esse respeito: “Eu defendo o fim das emendas, acho que precisa acabar”, disse o petista, que é aliado da presidente Dilma. “O trabalho do parlamentar é legislar”, completou.
Apesar de ter ofertado essa bondade aos aliados, a situação do Governo Federal pode complicar ainda mais. Os deputados federais prometem votar, ainda no início deste mês, um projeto de lei que poderá tornar obrigatória a execução das emendas parlamentares, o chamado Orçamento Impositivo.
“Caso essa proposta seja mesmo aprovada, eu defendo que ela se torne uma prática para todos – estados e municípios”, afirmou o parlamentar, ressaltando que, se for obrigatório para o Governo Federal, os estados precisam fazer o mesmo para seus deputados estaduais e os municípios, para os vereadores.
Em entrevista à Folha de São Paulo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), defensor da proposta, avisou que a votação do texto está marcada para o dia 6 de agosto na comissão especial e, no plenário, dia 7. O governo alega que tornar obrigatória a execução das emendas pode engessar o Orçamento.
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