Da esquerda para a direita, Robson, Sérgio, Júnior e Henrique. Irmãos entraram na política influenciados pelos ensinamentos da mãe quando crianças. Foto: Juliana Leitao/DP/D.A Press Se fosse um partido político, a família Leite teria inserção e votos superiores a pequenas legendas formalmente constituídas no estado. Da esquerda para a direita, Robson, Sérgio, Júnior e Henrique. Irmãos entraram na política influenciados pelos ensinamentos da mãe quando crianças. Foto: Juliana Leitao/DP/D.A Press
Além de contar com o deputado Sérgio Leite na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o clã elegeu no último pleito mais dois representantes. Os vereadores Robson Leite, em Jaboatão dos Guararapes, e Júnior Leite, em Olinda. Até bem pouco tempo, os irmãos Leite também atuavam na Câmara Municipal do Recife. Com dois mandatos, o ex-vereador Henrique Leite (PT) não conseguiu se reeleger, mas continua na vida pública como secretário executivo de Articulação Política de governo do prefeito do Recife, João da Costa (PT).
A quantidade de votos obtidos pelos Leite ao longo das campanhas, todas disputadas pelo PT, mostra o quão eles sabem se movimentar. Somente para a disputa de vereador, os três irmãos conseguiram reunir 11.702 votos. Já Sérgio Leite renovou o mandato em 2006 com 35.516. Na eleição de 2002, o petista recebeu 52.672, sendo o segundo deputado mais votado do Recife e o quinto do estado. Ao contrário das tradicionais famílias, onde os pais costumam eleger seus filhos como herdeiros políticos, os irmãos Leite ingressaram na política pelos mais diversos caminhos.
Filhos de uma professora da rede estadual de ensino e de um funcionário público, os irmãos aprenderam desde cedo a cobrar e reclamar. "Minha mãe nos ensinou a não aceitar injustiças e nem aceitar o não como resposta", contou Henrique Leite. O petista diz que, mesmo sem mandato, está trabalhando do mesmo jeito. "Talvez eu esteja contribuindo muito mais do que quando era vereador. Hoje, uma ação minha agrega muito mais no coletivo. Antes, a cobrança era individual. Como secretário, uma ação é para toda a comunidade, como a de combate à dengue", disse.
A entrada dos irmãos Leite na política começou com o deputado Sérgio Leite. Antes de atuar como político, o petista trabalhava como corretor de imóveis (1980 a 1987). Nesse período, foi aprovado num concurso para a Polícia Civil, passando a exercer as duas atividades paralelamente. Mas foi assistindo ao programa Globo Repórter, da Rede Globo, em 1986, sobre a precária vida dos policiais, em especial os de Pernambuco, que deu o primeiro passo para ingressar na política. "Estudava direito na época e o programa me fez refletir. Mobilizei no outro dia os alunos da Católica que eram policiais para protestar. Fizemos assembleias e de lá para cá, não parei mais", contou.
Em 1986, Sérgio fundou o Sindicato dos Policiais Civis em Pernambuco (Sinpol) e, em 90, surgiu a primeira candidatura para deputado estadual, mas ficou na primeira suplência. Em 1992, foi eleito vereador e em 1994 tentou novamente a Assembleia Legislativa sem sucesso. Em 1998, conquistou seu primeiro mandato para deputado estadual. "Eu era radical, mas a vida me ensinou a ser conciliador e negociador", revelou. (Cláudia Eloi)
A quantidade de votos obtidos pelos Leite ao longo das campanhas, todas disputadas pelo PT, mostra o quão eles sabem se movimentar. Somente para a disputa de vereador, os três irmãos conseguiram reunir 11.702 votos. Já Sérgio Leite renovou o mandato em 2006 com 35.516. Na eleição de 2002, o petista recebeu 52.672, sendo o segundo deputado mais votado do Recife e o quinto do estado. Ao contrário das tradicionais famílias, onde os pais costumam eleger seus filhos como herdeiros políticos, os irmãos Leite ingressaram na política pelos mais diversos caminhos.
Filhos de uma professora da rede estadual de ensino e de um funcionário público, os irmãos aprenderam desde cedo a cobrar e reclamar. "Minha mãe nos ensinou a não aceitar injustiças e nem aceitar o não como resposta", contou Henrique Leite. O petista diz que, mesmo sem mandato, está trabalhando do mesmo jeito. "Talvez eu esteja contribuindo muito mais do que quando era vereador. Hoje, uma ação minha agrega muito mais no coletivo. Antes, a cobrança era individual. Como secretário, uma ação é para toda a comunidade, como a de combate à dengue", disse.
A entrada dos irmãos Leite na política começou com o deputado Sérgio Leite. Antes de atuar como político, o petista trabalhava como corretor de imóveis (1980 a 1987). Nesse período, foi aprovado num concurso para a Polícia Civil, passando a exercer as duas atividades paralelamente. Mas foi assistindo ao programa Globo Repórter, da Rede Globo, em 1986, sobre a precária vida dos policiais, em especial os de Pernambuco, que deu o primeiro passo para ingressar na política. "Estudava direito na época e o programa me fez refletir. Mobilizei no outro dia os alunos da Católica que eram policiais para protestar. Fizemos assembleias e de lá para cá, não parei mais", contou.
Em 1986, Sérgio fundou o Sindicato dos Policiais Civis em Pernambuco (Sinpol) e, em 90, surgiu a primeira candidatura para deputado estadual, mas ficou na primeira suplência. Em 1992, foi eleito vereador e em 1994 tentou novamente a Assembleia Legislativa sem sucesso. Em 1998, conquistou seu primeiro mandato para deputado estadual. "Eu era radical, mas a vida me ensinou a ser conciliador e negociador", revelou. (Cláudia Eloi)
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