sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Mãe vai à Argentina reencontrar Carlinhos

Garoto, que foi levado pelo pai desde o último Natal, foi encontrado pela Interpol em Buenos Aires


Depois de nove meses afastados, a fisioterapeuta Cláudia Boudoux viaja nesta sexta-feira (16) à Argentina para reencontrar o filho Carli­­­nhos Attias Boudoux, 8 anos. O garoto, levado pelo pai, o empresário Carlos Alberto Manuel Attias, no Natal de 2015, foi localizado pela Interpol. Pai e filho foram encontrados em Buenos Aires. O empresá­­­rio foi preso por sequestro internacional e Carlinhos, encaminhado para um abrigo portenho de apoio a menores de idade.
A polícia civil pernambucana pedirá a extradição de Attias para que ele responda judicialmente no Brasil. “Acordei a 1h da manhã com uma ligação de um agente da Interpol. Ele me deu a notícia que eu mais esperava há nove meses”, comemorou Cláudia. Segundo ela, toda a família passou por momento difíceis nos últimos meses.

    “Nove meses sem meu filho e o medo de não ver Carlinhos me consumia. As irmãs dele também estavam numa situação muito difícil, não sabíamos onde ele estava, mas agora Deus trouxe ele de volta. Estou imaginando como está a cabeça do meu filho. O trauma que ele deve estar passando”, comentou. A fisioterapeuta disse que não guarda rancor do pai do menino. “Não vou julgá-lo, quero apenas que a justiça seja feita e que eu e meu filho possamos voltar a viver em paz.”


    A chefe da Delegada de Combate ao Crime Organizado, Carla Patrícia, relembrou que as investigações começaram antes de saber que eles haviam atravessado a fronteira. A delegada contou com a contribuição da Policia Civil, Federal, da Justiça Estadual e Federal, além do Ministério Público.

    De acordo com a representante da Interpol em Pernambuco, Mariana Cavalcanti, pai e filho foram procurados em mais de 190 países. “Com a demora, começamos a perceber que poderia se tratar de um sequestro internacional. Quebramos o sigilo telefônico e de redes sócias até conseguir achá-los”, contou. Segundo a Interpol, o nome dele havia sido publicado há duas semanas na difusão vermelha, que dava poderes aos agentes de prenderem o empresário.
    Questionada sobre as críticas feitas pela família do garoto em relação à demora para solucionar o caso, Mariana fez uma análise: “Compreendo plenamente as críticas. Temos um País muito grande. Acreditamos que eles tenham passado por uma fronteira seca e muitas destas fronteiras não são vigiadas. Queríamos ser mais céleres, mas existem muitos fatores como a burocracia para as quebras de sigilo telefônico.”
    Mariana afirmou ainda que a polícia estadual fará o pedido de extradição de Carlos Attias, que está custodiado pela Polícia Federal da Argentina, para o Brasil para responder por sequestro internacional. Se condenado, Attias pode ter pena que varia entre seis e oito anos.
    Fonte:http://www.folhape.com.br/cotidiano/2016/9/mae-vai-a-argentina-reencontrar-carlinhos-0279.html

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