quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

‘Aqueles que são do contra estão ficando para trás’



Por José Accioly
Do Blog da Folha
Menos de dois anos para sucessão presidencial e com chance de concorrer à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) endureceu o discurso contra a oposição, nesta quarta-feira (23), em seu primeiro pronunciamento oficial, em 2013. Ao anunciar a redução de 18% na tarifa de energia elétrica, a petista criticou as previsões, classificadas pela gestora, como “pessimista” e “alarmista”, em que apontavam um quadro nada satisfatório para futuro da nação. Mesmo sendo franca candidata em 2014, Dilma cravou que é preciso “colocar a fé acima dos interesses políticos ou pessoais”.“Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas por precipitação, desinformação ou algum motivo tenham feito previsões sem fundamento. E como era de se esperar, essas previsões fracassaram e o Brasil não deixou de produzir um único quilowatt”, disparou a presidente Dilma Rousseff, ao explicar a utilização das usinas termoelétricas para geração de energia elétrica, no lugar das usinas hidroelétricas.

“Cometeram o mesmo erro de previsão os que diziam, primeiro, que o governo não conseguiria baixar a conta de luz, depois passaram a dizer a redução iria ser tarde e, por último, que ela seria menor que o índice que havíamos anunciado. Espero que, em breve, até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa venham concordar com o que estou dizendo”, conclamou a petista.

Presidente Dilma Rousseff condenou o que classificou de previsões "pessimistas" e "alarmistas" sobre produção energética (Reprodução: Youtube)
Comandando um projeto político que entra no 11º ano consecutivo, sem citar nomes, a presidente Dilma Rousseff disse que a oposição “errou feio” ao apostar que não seria possível colocar em prática políticas sociais implantadas pelo PT, desde a primeira gestão do ex-presidente Lula (PT), como o Bolsa Família ou outros programas assistencialistas. “Neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás. Nosso país avança sem retrocesso em meio a um mundo cheio de dificuldades. Hoje, podemos ver que erraram feio, no passado, os que não acreditaram que podíamos crescer e distribuir renda, os que pensavam ser impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria e que o Brasil virasse um país de classe média”, alfinetou a petista.

Em afago à base governista, a chefe do Executivo nacional afirmou que o tempo é de trabalhar para unir e construir e conclamou os aliados superar os projetos personalistas. “Vamos viver um tempo melhor quando todos trabalharem para unir e construir, e jamais para desunir ou destruir. Porque somente construiremos o Brasil com grandeza dos nossos sonhos quando colocarmos a fé acima dos interesses políticos ou pessoais”, recomendou a presidente Dilma Rousseff.

Redução de energia

Em seu pronunciamento, além da redução de 18% na conta de energia para consumidores residenciais, a presidente Dilma Rousseff assegurou que a eletricidade ficará até 32% mais barata para indústria, comércio, serviço e agricultura. A diminuição visa estimular a produção nacional e geração de emprego, ao mesmo tempo em que o Governo Federal pretende aumentar em até 7% a geração de energia.

A petista avisou que, em 2013, a União vai colocar mais 8,5 mil megawatts e 7.540 quilômetros de novas linhas de transmissão, enquanto que, em 2012, o Brasil pôs em operação mais 4 mil megawatts e 2.780 quilômetros linhas. “Vamos dobrar a nossa capacidade de energia nos próximos 15 anos, capacidade esse que, hoje, é de mais de 121 mil megawatts”, assegurou a presidente Dilma Rousseff.

Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=74433

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