Nesta quarta-feira (30) foi realizada a primeira videoconferência, por meio do programa Telessaúde Brasil Redes, reunindo especialistas de hospitais do País e do exterior para troca de experiências no tratamento de pacientes com problemas respiratórios e queimaduras. A ação ocorreu no Hospital das Clínicas de Porto Alegre (RS). A decisão de utilizar o Telessaúde para beneficiar as vítimas do incêndio da boate Kiss – ocorrido na madrugada do último domingo (27), em Santa Maria (RS), foi anunciada hoje pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, após visita aos 57 pacientes internados em estado grave na capital gaúcha.
Nesta primeira videoconferência participaram especialistas brasileiros dos Hospitais de Excelência da área respiratória e de ventilação da Unicamp, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e das unidades internacionais de San Diego e Miami (Estados Unidos) e Iraque. A ideia é que as conferências continuem a partir desta quinta-feira (31) com a discussão de outros temas como infecções e queimaduras, com unidades de saúde que estão atendendo vítimas do incêndio da casa de shows e que tenham interesse.
“Alguns casos específicos serão abordados, mas haverá, principalmente, uma troca de informações e experiências em busca de um atendimento cada vez mais qualificado e de qualidade, para que possamos oferecer as melhores opções terapêuticas desses pacientes que ainda estão internados”, informou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Atendimento – O programa Telessaúde Brasil Redes interliga, por meio da tecnologia da informação, as unidades de saúde da Atenção Básica com núcleos de especialistas e técnicos que trocam informações para melhorar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e qualificar o diagnóstico e o tratamento no nível da atenção primária.
Durante a videoconferência, os profissionais discutem os casos dos pacientes internados e as estratégias de reabilitação e recuperação. Os hospitais participantes foram definidos por terem grande experiência no tratamento de pacientes com o quadro como o das vítimas de Santa Maria (RS).
O total de pacientes internados chega a 143. Destes, 82 pacientes estão em UTIs, em ventilação mecânica, sendo que 57 estão sendo atendidos em hospitais de Porto Alegre e de Canoas. Outros 25 permanecem em Santa Maria. E do total de pacientes, 75 estão em estado crítico e ainda correm risco de morte.
O programa Telessaúde Brasil Redes permite que profissionais de saúde troquem informações sem sair dos postos de atendimento, através de videoconferências e internet. O programa está em funcionamento em 12 estados e já realizou – desde 2005 – cerca de 50 mil teleconsultorias, 665.572 telediagnósticos (análise de exames de apoio à distância), e 643 “segundas opiniões formativas”. Ano passado, o programa recebeu um aporte de R$ 70 milhões, e estará presente, até o final deste ano, em 3.256 municípios de todas as unidades federativas.
Samu – Para prestar o melhor atendimento, a Força Nacional do SUS (FN-SUS), criada para agir no atendimento a vítimas de desastres naturais, calamidades públicas em saúde ou situações de risco epidemiológico, conta com 66 profissionais de saúde. Integram o grupo, médicos, enfermeiros, psiquiatras, profissionais do S.O.S Emergências e, ainda, nove profissionais do Hospital Israelita Albert Einstein.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também está atuando no suporte ao atendimento da demanda e dando suporte para qualquer necessidade de remoção para outras cidades. Para o atendimento dos pacientes, o SAMU disponibilizou para a cidade de Santa Maria uma unidade básica e três avançadas.
Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=75830
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