sexta-feira, 22 de julho de 2016

Rodoviários decidem não fazer paralisação

Profissionais aceitaram reajuste oferecido pelos patrões de 9,5% nos salários e de 20% no vale-alimentação


Em assembleia realizada na sede do Sindicato dos Rodoviários, na tarde desta quinta-feira (21), motoristas, cobradores e fiscais de ônibus aceitaram a proposta, feita pela classe patronal, de reajuste de 9,5% nos salários e de 20% no vale-alimentação. Com isso, foi descartada uma paralisação, que poderia ser colocada em votação caso os trabalhadores rejeitassem os valores oferecidos.
Com o reajuste de 9,5%, a remuneração de motoristas passa de R$ 1.929 para R$ 2.113,01; a de cobradores, de R$ 887 para R$ 971,97; e a de fiscais, de R$ 1.247 para R$ 1.366,47. Já o vale-alimentação sai de R$ 205 para R$ 225 e passa a ser pago nas férias. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a aprovação ocorreu por unanimidade. Cerca de 350 pessoas compareceram à assembleia.
Na última terça-feira (19), durante a quarta rodada de negociação com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), na sede do Ministério do Trabalho e Emprego, rodoviários e patrões haviam chegado a um acordo sobre o reajuste de 9,5%, mas não quanto ao vale-alimentação. A categoria pedia R$ 230 como novo valor do benefício, a ser pago também durante as férias. A classe patronal oferecia, como última proposta, R$ 220, também em 12 meses. No fim, o valor foi fechado em R$ 225.
Na campanha salarial de 2015, o desfecho foi diferente e prolongado. Após rejeitarem a proposta feita pela Urbana-PE, os rodoviários realizaram uma greve de dois dias, em julho. O movimento só foi encerrado após a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de conceder um reajuste de 12% nos salários e de 59,57% no vale-alimentação. Mas o caso foi levado pelo sindicato patronal ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), que, em dezembro, determinou um reajuste de 9,3% para a remuneração e para o vale-alimentação.
Fonte:http://www.folhape.com.br/cotidiano/2016/7/rodoviarios-decidem-nao-fazer-paralisacao-0384.html

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