sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Começa a demolição de boxes em Prazeres para a passagem do Binário


Derrubada deveria ser num domingo, para não afetar feirantes e frequentadores

Comerciantes que fizeram acordo dizem que Prefeitura está descontando IPTU atrasado dos valores acertados como indenização pela retirada dos boxes.

A Prefeitura de Jaboatão postergou o quanto pode a negociação com os feirantes de Prazeres, mas não conseguiu agradar a todos. Dos cerca de 90 boxes que serão demolidos, mais de 20 comerciantes não entraram em acordo, por conta dos baixos valores oferecidos, que variavam de 2 mil a 30 mil reais.

Terça feira, dia 11 de setembro, quando iniciou-se a demolição de alguns boxes, a crítica era geral. Clientes e comerciantes acusavam a municipalidade de derrubar os boxes em pleno horário de feira, com o pó decorrente da demolição afetando a todos, inclusive se depositando sobre frutas e carnes, sucos e bebidas comercializados e consumidos àquela hora.


Comprovante de desconto de IPTU apresentado por feirante

Prefeitura está descontando IPTU da indenização – A Gazeta Nossa entrevistou dois comerciantes em frente aos boxes que foram demolidos; Dona Lena, que tem um grande box com materiais de construção e ferragens, diz que fez acordo com a prefeitura para receber 19.500 reais e abandonar o local. “Não quis outro box, já sou aposentada, iria realmente descansar”. Mas ao ir rfeceber o cheque, semana passada, Dona Lena diz que foi surpreendida com um desconto de R$ 8.500,00 do valor combinado. Segundo ela, foi informada que seriam débitos de IPTU de sua residência, que não tem nada a ver com o mercado. “Minha casa é uma coisa, o combinado aqui é outro”, diz ela, que não entende como podem ser misturadas duas coisas distintas, e agora não sabe o que fazer. “Essa mixaria não dá pra nada, deixei lá o cheque e me neguei a receber, não sei o que vai acontecer comigo agora”, diz. “Vou rezar a Deus e aguardar”.

Já o comerciantes de peixes Amaro Ferreira diz que a Prefeitura está humilhando os feirantes com baixas indenizações porque faltou união. “Agora ele paga o que quiser”, se conforma, depois de dizer que fez acordo por 24 mil reais e conseguiu outro canto numa área mais afastada do mercado. Mesmo assim, se sente indignado. Descontaram mais de 3 mil reais referentes a IPTU, mas se somados os anos que devo não chega nem à metadde disso.”, reclama. “Não sou contra o desenvolvimento, mas é preciso respeitar as pessoas e dar um valor justo às coisas”, ponderou Amaro, comerciante no local há 27 anos.

Quando à questão do desconto do IPTU, temos uma pergunta: Se a prefeitura deve ao contribuinte, ela aceita que este valor seja diminuído do IPTU a pagar? Com a palavra, por favor, um tributarista.


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