segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Igreja das Fronteiras reabre as portas

Conhecida como a casa de Dom Helder, igreja foi reformada e reinaugurada com missa


Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco
Restaurado, templo foi aberto aos fiéis com celebração eucarística
Um memorial da paz, bem no coração do Recife. A capela de Nossa Senhora da Assunção, conhecida como Igreja das Fronteiras, reabriu suas portas neste domingo (28), após um trabalho de restauro e requalificação. O templo, em estilo barroco, é conhecido como a casa de Dom Helder Câmara. Entre suas principais bandeiras de luta, sempre estiveram a defesa dos pobres e o amor entre irmãos.

    A reabertura foi marcada por missa presidida pelo padre José Augusto Rodrigues Esteves, pároco da Igreja de São José. A construção do século 17, tombada como patrimônio cultural, serviu de abrigo para o arcebispo emérito de Olinda e Recife até o fim de sua vida, em agosto de 1999. Já considerado pelos fiéis um homem santo e tendo o processo de beatificação iniciado, o local atrai romeiros de todo o País, demonstrando gratidão e em busca de milagres.

    Veja como ficou a igreja depois da reforma
    Após dois meses de execução, a conclusão das obras marca as celebrações pelos 107 anos de nascimento de Câmara. O altar principal, talhado em madeira, foi reconstituído. As quatro imagens que compõem o cenário, incluindo Nossa Senhora das Graças e São José, receberam tons originais, realçando a beleza. O ambiente também ganhou mais segurança, com a substituição da iluminação por lâmpadas em LED, reduzindo a temperatura. Os cupins também foram eliminados, garantindo sua conservação.

    É nos fundos da igreja, onde a serenidade e singeleza prevalecem. O conjunto arquitetônico é formado também pelo Centro de Documentação (CedoHC), uma exposição permanente e a Casa Museu. Cada detalhe nos móveis, portas e janelas remetem ao estilo do líder católico. A atmosfera é de paz.
    No jardim, o resquício das plantas que o Dom fazia questão de regar. Na sala, a cadeira de balanço que servia de refúgio para as intermináveis horas de leitura. A TV e o rádio, fontes de distração e informação, permanecem preservados. No quarto, a cama forrada e a batina no cabide promovem uma verdadeira viagem no tempo.
    Fonte:http://www.folhape.com.br/cotidiano/2016/2/igreja-das-fronteiras-reabre-as-portas-0470.html

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