Dois técnicos do Laboratório Sismológico da UFRN visitaram São Caetano e Caruaru
Flauber Carlos/LabSis-UFRN/Cortesia
Dois técnicos do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN) visitaram, nesta quarta-feira (24), os principais municípios do Agreste do Estado atingidos por abalo sísmico ocorrido na tarde da última terça-feira (14). Os profissionais farão um relatório detalhado com a descrição do que ocorreu e devem divulgá-lo em breve.
De acordo com o técnico em geofísica, Eduardo Menezes, os tremores não podem ser previstos antecipadamente por equipamentos. A probabilidade é de que tenha atingido até 4 km de profundidade, algo comum na região. Em conversa com o Portal FolhaPE, o servidor do LabSis e professor da UFRN, os sismos ocorrem por falhas geológicas que entram em atividade. São Caetano foi o município em que houve o epicentro da trepidação e foi para lá que Menezes e o técnico em laboratório Flauber Carlos se dirigiram.
“Pudemos observar, só em São Caetano, algumas fissura em casas antigas, mas não foram muitas as residências atingidas”, explicou Menezes. Ele informou que o centro dos abalos sofridos na última terça encontra-se em área rural. “Não houve fissuras em solo”, complementou o técnico. Nesta noite, ambos os servidores chegaram a Caruaru, mas já devem retornar a Natal nesta quinta-feira (25). Nesta terça, o Corpo de Bombeiros afirmou que não houve reclamação por danos nos locais onde houve o abalo. Não houve vítimas. O LabSis mantém 50 estações de monitoramento no Nordeste.
Divulgação/LabSis-UFRN
Tremor
O tremor foi sentido por vários municípios além de Caruaru e São Caetano: Brejo da Madre de Deus, Belo Jardim e Toritama, são exemplos no Agreste, além de Palmares e Belém de Maria, na Zona da Mata. De acordo com o LabSis/UFRN, a unidade chegou a receber algumas notificações do Recife. Os moradores desses locais se assustaram com o abalo, que chegou a uma magnitude de 3,8 graus na Escala Richter, classificado de baixo potencial para provocar danos à população. Em 2006, foi registrado o maior abalo sísmico na região: 4,0 pontos na escala. Segundo os técnicos, para que haja real prejuízo, é preciso 5 graus na escala Richter.
A primeira trepidação foi sentida por volta das 15h35. Foi computado, ainda, tremor com 3,1 graus às 13h27. Das 11h21 às 21h15, foram mais de 85 sismos, porém de pequena gravidade e, por isso, a população não chegou a perceber. Os habitantes sentiram, ainda, outros sete tremores menores, com magnitudes entre 2 e 3 graus.
Fonte:http://www.folhape.com.br/cotidiano/2016/2/relatorio-sobre-abalo-sismico-no-agreste-deve-ser-divulgado-segundo-tecnicos-do-labsis-ufrn-0397.html
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