quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Para Dilma, Brasil está protegido



Recife, quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Segundo a presidente, o país tem uma reserva de US$ 350 bilhões e, por isso, está melhor posicionado do que no ano de 2008



Juliana Colares


Cupira – O Brasil está pronto para enfrentar a crise. Esse foi o recado “carinhoso”, como a própria Dilma Rousseff definiu, que a presidente da República fez questão de dar ao final do seu pronunciamento neste município do Agreste pernambucano. Dilma falou que a atual crise econômica tem as mesmas raízes da vivenciada nos anos de 2008 e 2009, mas afirmou que o país está mais preparado para encará-la. De acordo com a presidente, o Brasil tem uma reserva de US$ 350 bilhões (R$ 550 bilhões) para enfrentar a crise, US$ 130 bilhões (R$ 200 bilhões) a mais que em 2009.

“Naquela época (a crise anterior), nós fomos o último país a entrar e o primeiro a sair. Enfrentar não é ficar de braços cruzados. Enfrentar é trabalhar. Foi isso que nós fizemos e é isso que faremos diante de qualquer crise ou da continuidade de qualquer crise”, discursou. Dilma Rousseff definiu o termo “enfrentar” como fazer com que o país cresça, gere mais empregos, mais oportunidades e mais consumo. Ela afirmou, ainda, que hoje o país tem “crédito suficiente” para “nossas empresas”.

Logo no início da agenda presidencial em Pernambuco, em entrevista concedida a duas rádios, em Caruaru, Dilma disse que é preciso baixar impostos e juros para o país continuar crescendo. “Hoje o Brasil pratica uma das mais altas taxas de juros. A nossa maior defesa contra a crise é o nosso mercado interno. É o nosso mercado interno que permite que nós sejamos um país que conta com as suas próprias forças, um país que pode e que vai manter seus empregos crescendo, manter sua economia crescendo, porque a melhor resposta à crise é o crescimento do país. Mas nós também precisamos melhorar as condições nas quais crescemos”, disse. E continuou: “A primeira coisa que o Brasil quer é que haja diminuição de impostos”. Dilma não precisou quando os impostos e os juros no país começarão a cair.

Nordeste

No pronunciamento em Cupira, a presidente afirmou que o Nordeste e Pernambuco, em particular, tiveram papéis muito importantes no impulsionamento da economia brasileira. “Aqui, a taxa de crescimento do emprego, da renda e das oportunidades é maior que a taxa de crescimento do Brasil. Nos últimos anos, esse estado fez um enorme esforço, se desenvolveu e está, de fato, em um momento muito especial. Aqui, nós vamos ter um projeto do porte do estaleiro Atlântico Sul (em Suape), a implantação da Refinaria Abreu e Lima, que eu tenho o compromisso de continuar, e o projeto da integração do São Francisco”, afirmou a presidente, que concluiu: “Pernambuco é um dos estados que mais crescem no Brasil”.

Em relação ao corte de R$ 10 bilhões nos gastos públicos, anunciado na última segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, Dilma garantiu que nenhum investimento será afetado. “Vamos manter o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Minha Casa, Minha Vida, as obras da Copa, as barragens e os programas sociais (como o Bolsa Família). Esses R$ 10 bilhões decorrem de um esforço que nós fizemos tanto no que se refere a gasto de custeio quanto aumento de receita”, afirmou. No dia do seu anúncio, o corte foi justificado por Mantega como um mecanismo para aumentar a solidez da economia na tentativa de proteger o país da crise internacional.

Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2011/08/31/politica5_0.asp

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