ABr – A inflação vai terminar este ano abaixo do limite máximo da meta, que é 6,5%, garantiu hoje (23) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo o ministro, em 12 meses, a inflação pode ultrapassar 6,5%, mas vai arrefecer em seguida. “Quando pega a inflação no pico, em 12 meses, pode até ultrapassar os 6,5%. Só que depois, ela diminui.”
O ministro argumentou que o país está em um período de elevação inflacionária, mas isso já estava previsto. “Todo ano acontece esse processo. É sazonal, portanto, mas tem a ver também com condições meteorológicas. Este ano, temos menos chuva e isso fez com que subissem alguns produtos, principalmente hortifrutigranjeiros”, enfatizou. Mantega lembrou que a inflação subiu em março e em abril, mas deve recuar em maio e junho. “É claro que tem algum produto que tem alguma sazonalidade ou que está na entressafra que poderá subir, porém a maioria dos produtos estará reduzindo o seu preço ao longo dos próximos meses”, acrescentou.
Segundo o ministro, o aumento da produção de etanol no país vai ajudar na redução da inflação. “Agora estamos no período em que o etanol aumenta sua produção. Quando entrar a safra, vai reduzir o preço do etanol e também dos combustíveis. Isso vai acontecer entre maio e junho”. Mantega também disse que o governo não está cogitando aumentar o percentual de participação do álcool anidro na gasolina. Atualmente, esse percentual é 25%. “Sempre é possível, mas no momento não estamos cogitando”, disse.
O ministro disse ainda que o preço da energia será o vilão da inflação este ano. “É assim, todo ano tem algum vilão na história da inflação. Mas é importante que seja algum vilão e os outros preços possam recuar”, destacou ele, que participou do lançamento do Programa Portal Único de Comércio Exterior, na sede da Confederação Brasileira da Indústria (CNI).
Mantega também garantiu que o governo não estuda nenhuma mudança no critério de avaliação da inflação. Matéria publicada na edição de hoje do jornal O Globo diz que técnicos do governo defendem a retirada de produtos in natura do cálculo do IPCA. O motivo seriam os frequentes choques nos preços desses produtos causados por problemas climáticos. “Não há nenhuma mudança de critério na avaliação da inflação. Não sei quem tirou essa ideia. Mas ela não procede. Quem faz isso é os Estados Unidos. Os Estados Unidos retiram alimentos e combustível. Não fazemos isso e continuaremos da mesma maneira, usando os mesmos critérios”, disse.
Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=162756
Nenhum comentário :
Postar um comentário