Peças começam nesta quarta e vão até o dia 28 de novembro
ano (Foto: Divulgação / Prefeitura do Recife)
Até o dia 28 de novembro, a capital pernambucana se rende ao 14º Festival Recife do Teatro Nacional (FRTN), que vai trazer para a capital pernambucana 16 espetáculos. As apresentações acontecem nos teatros Hermilo Borba Filho, Santa Isabel, Apolo, Luiz Mendonça, Marco Camarotti e Barreto Júnior. O grupo teatral pernambucano Vivencial Diversiones, da década de 1970, é o grande homenageado do ano. Por sinal, essa é a primeira vez que o festival homenageia um grupo, em vez de uma única personalidade.
A proposta deste ano é discutir a coletividade e o relacionamento no teatro, partindo da experiência do Vivencial, grupo que ficou conhecido por sua irreverência, ousadia e também consciência política. O grupo dividia uma casa em Olinda. “Nós tínhamos todo tipo de pessoa no grupo, mas o respeito era essencial. Não éramos homens ou mulheres, éramos pessoas, antes de mais nada. Buscávamos que todos tivessem consciência dos seus direitos, eramos engajados”, lembra Ivonete Melo, que participou do grupo.
(Foto: Divulgação / Prefeitura do Recife)
A abertura oficial do FRTN acontece no Teatro Luiz Mendonça (no Parque Dona Lindu), na Zona Sul do Recife, nesta quarta-feira (16), às 20h - o espetáculo “Escuro”, do dramaturgo Leonardo Moreira, da Companhia Hiato (SP), conta a história de um menino míope que, na piscina de um clube, escuta os segredos das pessoas. O acesso ao teatro será feito mediante ingresso, que começa a ser distribuído gratuitamente a partir das 18h.
Outro destaque do festival é o espetáculo “Jaguar Cirbernético”, do amazonense Francisco Carlos, em cartaz no Teatro Marco Camarotti, nos dias 23 e 24, às 20h. “O Carlos juntou um grupo de atores em São Paulo para fazer essa peça. Essa é uma quadrilogia, vamos ter o episódio 1 e 2 durante o festival”, conta Vavá Shön-Paulino, coordenador do festival.
O Bando de Teatro Olodum (BA) apresenta seu espetáculo “Áfricas”, no Teatro de Santa Isabel, no domingo (18), às 19h, e na segunda (19), às 16h30, trazendo para o palco o imaginário africano. Nos polos descentralizados, o grupo cearense Garajal apresenta “O encontro de Shakespeare com a cultura popular: Romeu e Julieta”, com direção de Mario Jorge Maninho e Diego Mesquita.
Celibi (Foto: Divulgação / Prefeitura do Recife)
“Madleia + ou – Doida”, dirigida pelo pernambucano Henrique Celibi - que fez parte do Vivencial -, foi uma das quatro peças locais escolhidas pela coordenação do festival. O espetáculo está em cartaz no Teatro Hermilo Borba Filho, nos dias 19 e 20, às 21h.
Neste ano, três livros vão ser lançados durante o FRTN, um deles sobre o grupo homenageado, “Transgressão em 3 atos: nos abismos do Vivencial”, dos jornalistas Alexandre Figueirôa, Cláudio Bezerra e Stella Maris Saldanha. O lançamento acontece no espaço de conviência do Centro Apolo-Hermilo, no sábado (26), às 18h.
Além das peças, o festival conta ainda com um workshop e três mesas de reflexão, onde artistas vão dividir suas experiências na dramaturgia, tanto na produção quanto na direção de espetáculos, no Teatro Apolo. A entrada é gratuita. A programação completa do FRTN pode ser conferida no site do evento.
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