AE - O gerente de Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato Fonseca, afirmou na manhã desta sexta-feira que ainda está havendo no País a repercussão das boas notícias anunciadas pelo governo Dilma Rousseff. Ele citou como exemplo o anúncio da redução da tarifa de energia elétrica. Segundo ele, essa notícia tem mantida elevada a aprovação do modo de governar de Dilma Rousseff, que está em 62%, conforme apurou a pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta manhã.
“Há uma estabilidade (da aprovação) durante todo o ano”, afirmou Fonseca. Segundo ele, o noticiário econômico que divulgou o último PIB trimestral, que cresceu 0,6% ante o trimestre anterior, não repercutiu na população negativamente. “Por mais que o PIB tenha andado de lado nesse período, o que manteve esse crescimento (da economia), só teve esse crescimento por causa do consumo das famílias, embora ele venha perdendo força”, destacou. “A crise ainda não chegou completamente à população”, acrescentou o gerente da CNI, ao lembrar que o setor que mais sentiu o impacto da crise na economia foi a indústria.
Fonseca disse que se surpreendeu com a forte queda da aprovação, pela população, da política de juros. Conforme a pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta manhã, o porcentual de aprovação de ações nessa área despencou de 49% em setembro para 41% agora.
“O que pode ter acontecido é que o consumidor não percebeu a queda dos juros. Provavelmente, essa é a mensagem, ele pode não ter percebido na hora de negociar um contrato, por exemplo”, disse o economista.
Segundo ele, a melhora vista nos últimos dois levantamentos em relação a esse ponto pode ter sido relacionada às notícias de queda, mas que, efetivamente, não foram vistas no dia a dia dos consumidores. Isso, segundo Fonseca, pode ocorrer também no caso de energia elétrica. “Houve uma reversão da tendência dos juros, mas é preciso uma avaliação mais profunda”, considerou.
O economista da CNI citou que a redução dos preços das contas de luz é uma das notícias mais lembradas pela população na pesquisa mas que, se em março essa diminuição não vier, o levantamento deve mostrar alta.
Apesar da deterioração vista também no item inflação, Fonseca salientou que os preços realmente vêm subindo, principalmente os dos alimentos. “Por mais que esteja na meta perseguida pelo BC, a avaliação da população é a de que a inflação não está totalmente controlada”, disse.
Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=66838
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