terça-feira, 8 de setembro de 2015

Joaquim Levy diz que recuperação da economia brasileira é questão de mese

O jornal espanhol El País, recebeu em Madri, na Espanha, o ministro da Fazenda do Brasil, Joaquim Levy e o ministro da Economia Espanhola Luis de Guindos, para um café de manhã e seminário sob o tema “Infraestructuras, el estímulo de la economía brasileña”
O ministro da Fazenda do Brasil, Joaquim Levy, mostrou-se convencido de que o Brasil tem tomado as medidas adequadas para manter a confiança nacional e internacional e incrementar a eficiência econômica. No evento, Levy considerou que a recuperação do país “é uma questão de meses”.
Ambos os ministros participaram na semana passada de uma reunião do G-20 em Summit na Turquia, e bucaram transmitiram uma mensagem de tranquilidade aos investidores a respeito da desaceleração dos investimentos na China e ao anúncio de mudanças na política monetária dos EUA.
Em seu discurso, Joaquim Levy disse que seu governo tenta adaptar-se ao ambiente econômico mais volátil que se espalhou internacionalmente.
Ainda de acordo com o ministro, a nova situação forçou o país a iniciar uma transição, com um rigoroso controle de custos para manter estabilizada a dívida e injetar liquidez às empresas.
“Nós conseguimos manter a qualidade e a sustentabilidade da nossa dívida bem como a segurança jurídica e institucional de nosso país”, afirmou o ministro.
Levy associou este esforço a uma maior eficiência em fortalecer os gastos sociais e as políticas de recuperação econômica.
“Austeridade, sim, mas não apenas”, avaliou. De acordo com o ministro a austeridade “por si só” não resolve os problemas, e que o governo vem aplicando-a para incrementar a eficiência do país e consolidar os avanços conseguidos no campo social nos últimos quinze anos.
“As medidas de controle e austeridade têm nos permitido aproveitar mais e melhor as oportunidades de uma nova classe média emergente e anteciparmos a esperada melhora demográfica e o importante incremento qualitativo de nossa mão de obra”, acrescentou Joaquim Levy, que destacou os oito milhões de estudantes universitários existentes no país, e a oferta de vagas oferecidas em instituições de ensino superior privadas no país.
O ministro das Fazenda brasileiro elencou quatro prioridades de seu governo para impulsionar a recuperação da economia do país.
Detalhou a necessidade de simplificar o IVA – impulsionar a transparência e a segurança jurídica para os novos investimentos. A busca de cooperação legislativa que facilite melhore a eficiência e a contratação de obras de infraestrutura. Otimizar a política de gastos na previdência social, ajustando algumas partes do modelo atual – sem que isso prejudique o serviço prestado a sociedade -, e fortalecer o compromisso do país com o livre comércio, especialmente na América Latina. Assim mesmo considerou que essas quatro prioridades estratégicas têm em comum a necessidade de uma maior transparência, em termos de melhores práticas e princípios de governança institucional.
De acordo com o Levy a infraestrutura é um instrumento essencial para o desenvolvimento brasileiro a curto e médio prazo. Ele se mostrou confiante com os significativos avanços do atual programa de logística portuária, e anunciou o início das licitações para concessões em portos públicos, através de leasing em áreas portuárias, além de autorização de portos privados. Ele também se mostrou satisfeito com as concessões aeroportuárias já realizadas e anunciou a ampliação de quatro aeroportos, incluindo Santa Catarina e Fortaleza.
O ministro sinalizou que pretende expandir substancialmente o sistema rodoviário, e ressalta que todas estas medidas em infraestrutura têm como objetivo estimular o crescimento econômico, estabilizar a dívida e construir uma sólida base para situar o Brasil entre as dez maiores economias do mundo.
“O crescimento logístico em infraestrutura tornará a nossa economia mais eficiente e nos dará maior competitividade internacional”, afirmou.
Quanto às perspectivas de futuro, apontou que o orçamento do governo para 2016 manterá como prioridade o controle da dívida nacional.
Ele diferenciou a estrutura de custos do país entre obrigatória e discricionária.
Ainda de acordo com o ministro, o Governo está comprometido em manter os gastos sociais, que considera essenciais, que na sua opinião, não trata de cortar, mas para aumentar a eficiência e a qualidade dos serviços.
Levy acrescentou que o governo tem sido muito disciplinado em ajustar os gastos discricionários, um esforço importante que permitirá “subir um degrau a mais e ser mais otimista quanto a recuperação do PIB”.
“Buscamos garantir que cada real gasto tenha o máximo benefício e retorno social, especialmente em saúde e saneamento “, afirmou Levy.
Fonte:http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/2015/09/07/joaquim-levy-destaca-a-recuperacao-da-economia-brasileira-durante-evento-do-el-pais/

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