segunda-feira, 28 de setembro de 2015

No Enem, atenção às línguas estrangeiras

Professores alertam sobre o perigo de haver confusão com os falsos cognatos do idioma espanhol

Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco
Professor de inglês Marco Antônio alertou que o ideal é o estudante procurar ler matérias de jornais ingleses e americanos
Falta menos de um mês para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontecem nos dias 24 e 25 de outubro, e a extectativa dos feras só aumenta. Para ajudar os candidatos nesse processo final, a Folha de Pernambuco abordará, na edição desta segunda-feira (27), dicas sobre as disciplinas inglês e espanhol.

Confira a matéria de Raquelle Wacemberg, da Folha de Pernambuco

“Embarazada” não significa envergonhada. “Polvo” não é um molusco. “Pretend” nada tem a ver com pretender e “parent” não quer dizer parente. Os 8,5 milhões de candidatos que vão encarar as cinco questões de espanhol e as outras cinco de inglês no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm que ficar atentos aos falsos cognatos das línguas estrangeiras. As avaliações envolvem, principalmente, interpretação de texto. Mesmo assim, é importante ter noções gramaticais e saber as principais diferenças em relação ao português, além de conhecer um pouco da cultura dos países que falam o idioma.

Um dos requisitos mais importantes para o candidato alcançar um resultado bom na prova de língua inglesa é ter conhecimento apurado do vocabulário. Para isso, o professor de inglês Marco Antônio alertou que o ideal é o estudante procurar ler matérias de jornais ingleses e americanos. “Se o fera tem problema com leitura, também enfrenta dificuldades com vocabulário, que não se constrói da noite para o dia”, afirmou o professor. Ele ressaltou que é imprescindível praticar a leitura com texto de gêneros diferentes. “Ler uma tirinha e um texto científico. São abordagens e linguagens diferentes”, disse.

Ainda de acordo com Marco Antônio, o Enem não cobra mais gramática, desde as últimas seis edições do exame. “Mas eles aproveitam para pegar vocábulos que estão relacionados ao tema e dizem no enunciado: essas palavras estão associadas ao assunto da questão?”, alertou. Quanto à interpretação textual, o professor comentou que interpretar um texto vai muito além da tradução. “Digo isso porque sou alfabetizado em português, mas não necessariamente sei compreender o que o autor está querendo passar. Traduzir não significa que o aluno entendeu”, destacou, acrescentando que a dica é ler.

A estudante Thyaly Diniz, 17 anos, optou pela prova de inglês no Enem. “Tenho mais facilidade do que espanhol”, admitiu a adolescente, que tentará o curso de Direito. Para driblar os obstáculos, a jovem comentou que investe em leituras semanais em sites estrangeiros, além de assistir seriados americanos sem legenda. 

Quando o assunto é espanhol, o professor Rogério Machado adiantou alguns temas que podem cair na prova. Ele citou o descobrimento da ossada do famoso escritor Miguel de Cervantes, a reaproximação de Cuba com os Estados Unidos, além do assassinato do argentino e procurador federal, Alberto Nisman, e da separação da Catalunha da Espanha. “Esses temas os feras têm que rever. É grande a probabilidade de cair na prova”, aletou. O professor também aconselhou os candidatos a se prepararem para diversidades textuais. 

A gramática, assunto que é sempre temido pelos feras, também estará presente. No entanto, Rogério Machado comentou que o aluno não precisa se prender à nomenclatura, mas à gramática de uso. “Por exemplo. Se tiver a frase: ‘Antigamente eu fumava’. Se fosse na versão antiga dos vestibulares, ia ser pedido nome, tempo e modo. Hoje, no Enem, expressa mudança de hábito, ou seja, pretérito imperfeito”, exemplificou o professor de espanhol. Ele ainda acrescentou que o fera deve ficar atento aos dois mil falsos cognatos da língua espanhola. “A proximidade do espanhol ajuda bastante. No entanto, falsos cognatos estão na prova e podem levar para outro caminho.”

Para a estudante Renata Soriano, 18, a área gramatical é a mais confusa de todas, como a maioria dos feras. O que tem ajudado a jovem para acertar as questões na hora do vamos ver é um aplicativo sugerido pelo professor Rogério Machado, chamado "BBC Mundo". "É um programa que permite fazer exercícios, aprender pronúncia e até conversar com falantes nativos de todo o mundo."

Fonte:http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/cotidiano/noticias/arqs/2015/09/0440.html

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