segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Mundo terá 342 mi em situação de pobreza extrema em 2030


Mesmo no cenário mais otimista de crescimento da economia e de diminuição da desigualdade de renda no mundo não deve ser possível zerar a pobreza extrema até 2030, como tem como meta a Organização das Nações Unidas (ONU). Uma estimativa presente no relatório “Investimentos para acabar com a pobreza”, da organização Iniciativas do Desenvolvimento, prevê que o número de pessoas em situação de pobreza extrema será de 342 milhões em 2030. No cenário mais pessimista, diz o relatório, este número poderá alcançar 1,04 bilhão. Já na melhor das hipóteses, será de 107,9 milhões, diz o estudo, citando dados do Brookings Institution. As informações são do jornal O Globo.

O relatório deve ser apresentado nesta segunda-feira (23), na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Uma das oito Metas de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidas pela ONU no ano 2000, era reduzir pela metade a população em pobreza extrema até 2015. O texto diz que o objetivo foi alcançado em 2010, antes do prazo. E em 2012, alguns líderes mundiais sugeriram como nova meta a erradicação da pobreza extrema até 2030, proposta que foi aceita pela ONU.

Trecho do relatório diz: “É improvável que apenas o crescimento econômico nos leve a zerar a pobreza extrema a tempo. Crescimento será crítico para reduzir a pobreza, mas não rápido nem inclusivo o suficiente. Mesmo nos melhores cenários, ainda teremos mais de 100 milhões de pessoas na pobreza extrema em 2030”.

Ainda de acordo com a publicação, os governos dos países em desenvolvimento gastaram US$ 5,9 trilhões em programas para reduzir a pobreza em 2011, mostra o estudo. O valor é quase o triplo dos US$ 2,1 trilhões de recursos internacionais recebidos por esses países naquele ano.

Além disso, o relatório aponta que os gastos dos governos têm aumentando significativamente. Mais da metade dos países em desenvolvimento viu essas despesas cresceram mais de 5% entre 2000 e 2011. Na outra metade dos países, a média de crescimento foi de 2,5%. Ainda assim, os países mais pobres continuam a enfrentar limitações de recursos.


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