Mais um nome de peso discorda do presidente Barack Obama em relação à posição dos Estados Unidos de realizarem espionagem sobre cidadãos, governos e empresas em diferentes partes do mundo, como no Brasil. Ninguém menos que o ex-presidente estadunidense Bill Clinton, que está no País para o primeiro encontro da Fundação Clinton Global Initiative, sua ONG, na América Latina. As informações são do Portal BR247.
“Não deveríamos levantar informação econômica sobre o pretexto da segurança”, disse o ex-presidente em entrevista ao jornal O Globo. Para Clinton, no caso do Brasil, o incômodo maior foi com o acompanhamento das conversas da presidente Dilma Rousseff (PT), além da Petrobras.
“Não deveríamos levantar informação econômica sob o pretexto de segurança. Não com um aliado”, disse.
Clinton também elogiou a economia brasileira – “achei importante vir ao Brasil pelo progresso que houve aqui” – e, também, a postura de Dilma diante das manifestações de massa deste ano.
Além disso, ele comparou as reações do presidente da Síria e da presidente brasileira sobre as reivindicações populares. “O presidente Bashar Al-Assad enviou o exército e, de repente, tinha uma guerra civil com a qual lidar. A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, disse ‘vocês têm razão, vamos tentar descobrir como resolver os problemas’”, sublinhou Clinton.
Clinton foi enfático, em um forte elogio às administrações do PT, na defesa dos programas de bolsas de estudo e financiamentos a alunos carentes para cursarem o ensino superior. “Os governos Lula e Rousseff tentam fazer algo que nós jamais tentamos: dar às universidades particulares incentivos fiscais proporcionais ao número de alunos de baixa-renda. Isso funciona porque, por um lado, aumenta o número de matrículas e, por outro, não incentiva o aumento das mensalidades”, avaliou.
Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=141879
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