sábado, 24 de maio de 2014

Sérgio Leite critica Pacto Pela Vida

Deputado diz que Pacto Pela Vida não melhorou as condições de trabalho dos policiais (Foto: Jedson Nobre)










Especial para o Blog da Folha
O deputado e líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Sérgio Leite (PT), criticou a falta de condições de trabalho dos profissionais encarregados da segurança pública no estado. O petista também disse que está fazendo um levantamento sobre os chamados ‘homicídios ocultos’, assassinatos computados de forma incorreta pelo estado e que não são considerados homicídios pelas estatísticas oficiais. As declarações foram feitas nesta quinta-feira (22) durante entrevista a Rádio Folha FM 96,7.
“Apesar de termos o Pacto Pela Vida ainda temos grandes problemas. Primeiro, existe a grande insatisfação na tropa tanto da Policia Civil, quanto Militar, nos Bombeiros e também da parte dos agentes penitenciários. Eles se queixam das condições de trabalho e do salário baixo. A forma de funcionamento do sistema é arcaica para um estado que se desenvolveu economicamente. Apesar da divulgação dos índices de redução da violência, segundo pesquisa apresentada no Fantástico, Pernambuco foi o quinto estado em ‘homicídio oculto’ aquele que acontece mas a vítima não vai direto para o IML. Alguém é levado para o hospital vítima de tiro ou facada mas o laudo consta como outro tipo de morte que não é cadastrada como homicídio”, declarou.
Sérgio Leite não descartou a possibilidade dos ‘homicídios ocultos’ serem resultado de uma manipulação consciente dos dados e não de falhas no sistema de saúde. O deputado disse que o Pacto Pela Vida não melhorou as condições de trabalho dos policiais.
“Em relação aos homicídios ocultos, acho que pode ser falha ou pode ser proposital. Estamos fazendo o levantamento disso. Alguns estados fizeram como manobra para que o número de assassinatos não tivesse repercussão nacional. Tem muita coisa por fazer no Pacto Pela Vida. Não havia gestão na segurança antes, mas foi somente isso. O problema é que entre existir gestão e se resolverem as questões reais e concretas para que as coisas funcionem existe uma grande distância. Não dá pra dizer que está tudo bem e dar ao policial um valor insignificante além de colocar numa delegacia sem condição de trabalho”, afirmou.
Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=167809

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