AE – Depois de atingir a taxa de 0,59% em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve mostrar uma desaceleração para níveis mais amenos nos meses seguintes. A avaliação é do economista-chefe da consultoria Linus Galena, Ricardo Meirelles de Faria, que, em entrevista à Agência Estado, adiantou que aguarda uma taxa em torno de 0,45% para novembro, já que trabalha com uma expectativa de preços menos intensos do grupo Alimentação. Em setembro, o IPCA tinha ficado em 0,57%, a maior taxa para o indicador desde abril, quando atingiu o nível de 0,64%.
Para o economista da consultoria, o grupo Alimentação, que subiu 1,36% em outubro ante 1,26% em setembro e representou 0,32 ponto porcentual da taxa geral, deve passar a captar movimentos de desaceleração que já vêm sendo observados nos preços agropecuários do atacado. “O grupo deve vir com um comportamento mais tranquilo, especialmente dos itens agrícolas”, disse. “Essa pressão do arroz, por exemplo, deve acabar”, avaliou, referindo-se ao componente que apresentou alta de 9,88% em outubro e respondeu por um impacto de 0,06 ponto porcentual no IPCA.
De acordo com Ricardo Meirelles de Faria, a taxa do IPCA de novembro só não deve ser menor de 0,45% porque há ainda uma pressão considerável do grupo Serviços, cuja alta foi de 0,51% em outubro, a mesma de setembro, segundo o IBGE. “Há uma inércia de inflação um pouco maior em Serviços. Por isso, acredito que dificilmente veremos um número abaixo do nível de 0,45% em novembro e também em dezembro”, opinou.
Para o IPCA de 2012, a Linus Galena trabalha com uma expectativa de 5,40%. No acumulado do ano até outubro, o indicador do IBGE registrou alta de 4,38%. Em 12 meses, acumulou variação positiva de 5,45% até outubro.
Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=59846
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