AE – A urgência em aumentar a capacidade dos aeroportos para suportar
a demanda esperada para a Copa do Mundo em 2014 já será suprida pelos
investimentos previstos nas concessões em Guarulhos, Campinas e Brasília
e pelas obras da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
(Infraero) nas cidades-sede. A informação é da diretora do Departamento
de Regulação e Concorrência da Aviação Civil da Secretaria de Aviação
Civil (SAC), Martha Seillier. “A Copa do Mundo já foi equacionada com as
concessões realizadas em fevereiro e as grandes obras da Infraero”,
disse, após palestra na TranspoQuip, evento que reúne na capital
paulista empresas de infraestrutura para transporte.
Com isso, afirmou a diretora, as novas concessões de aeroportos serão
feitas sem a pressão imposta pelo Mundial de futebol, mas levará em
conta o aumento do volume de passageiros esperado para os próximos anos.
Segundo Martha, o pacote para os aeroportos não tem data para ser
divulgado, mas deve ocorrer depois que sair o anúncio dos planos do
governo para infraestrutura portuária. “Tão logo seja finalizado o
pacote de portos, espero que a prioridade do governo sejam os
aeroportos”, afirmou, deixando claro que isso pode ocorrer ainda neste
ano.
A diretora afirmou que ainda não há qualquer definição do modelo que
será adotado nas próximas concessões dos aeroportos. Nem mesmo está
batido o martelo sobre quais deles serão colocados em leilão, a despeito
de informações do mercado de que os próximos da lista serão os
aeroportos de Cofins (MG) e Galeão, no Rio de Janeiro. Ela se limitou a
contar que a secretaria se reúne toda semana com os concessionários de
Guarulhos, Viracopos e Brasília para avaliar o planejamento dos
investimentos e as obras já em curso.
Martha também não deu pistas se nas próximas concessões o governo
pretende manter participação minoritária da Infraero nos empreendimentos
– no processo realizado em fevereiro, a estatal ficou com 49% de
participação nos terminais concedidos. “O governo quer trabalhar com
todas as frentes possíveis”, disse, ao afirmar que o modelo adotado na
ocasião foi novo e que, por isso, passa por minuciosas avaliações. A
diretora disse que, no planejamento das concessões, o governo está
atento a diversas questões como estruturação da aviação regional e de
aeródromos privados, transferência de tecnologia e fortalecimento da
Infraero.
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