sábado, 16 de fevereiro de 2013

Compesa nega aumento na tarifa de água com PPP



Segundo presidente da Compesa afirmar que a PPP vai trazer aumento de tarifa, não é verdade porque parte de um pressuposto de que a Companhia vai quebrar (Foto: Divulgação/Compesa)











O presidente da Compesa, Roberto Tavares, negou que, com a implantação da Parceria Público-Privada (PPP) do Saneamento, haverá aumento na tarifa repassada à população. “Não tem. Os aumentos na conta de água são decorrentes de uma política tarifária que recondiciona a inflação, que repõe a inflação ano após ano. Isso continuará acontecendo. Mas afirmar que a PPP vai trazer aumento de tarifa, isso não é verdade porque parte de um pressuposto de que a Compesa vai quebrar”, garantiu. Na tarde desta sexta-feira (15), o presidente da instituição assinou o contrato para a instalação da Parceria, junto com representantes das empresas que ficarão encarregadas de realizar a ampliação do esgotamento sanitário dos 14 municípios da Região Metropolitana e Goiana.

Segundo Tavares, a Companhia não vai quebrar, ela vai continuar sendo equilibrada se continuar sendo administrada como tem sido hoje. “Fazendo os investimentos com recursos do acionista, do governo do Estado ou do governo Federal, e ampliando sua cobertura como a gente tem feito hoje, mesmo enfrentando a pior seca dos últimos 50 anos”, disse.

A bancada de oposição tem questionado a PPP do Saneamento, que tem sido um tema bastante polêmico, principalmente durante a última campanha eleitoral, pedindo mais explicações do Governo. Ao ser indagado sobre privatizar a parte lucrativa da empresa e deixar para a administração pública só a parte que geraria prejuízos, Roberto Tavares foi enfático: “Quem precisa fazer uma análise mais aprofundada é a própria população. De saber se isso que estão chamando de parte lucrativa, a população tem uma boa prestação de serviço. Hoje, a prestação de serviço é deficiente, não só por culpa da ineficiência da Compesa. Ela é deficiente porque o sistema necessita de muitos investimentos”, disse o presidente da Companhia.

Tavares completou: “Então, eu pergunto se a população está satisfeita com a prestação de serviço de esgotamento sanitário que tem hoje. E eu já sei que a resposta é não porque nós também estamos insatisfeitos. Por isso, fomos buscar uma modelagem diferente que faça com que a Compesa continue estável, continue equilibrada, mas que a gente possa resolver o problema que afeta o dia a dia das pessoas”, garantiu.

Segundo o gestor, esse é o maior projeto de saneamento do Brasil. Serão beneficiados 15 municípios, cerca de 3,7 milhões de pessoas, com investimento estimado superior a R$ 4,5 bilhões. A partir desta sexta-feira começa a contar o prazo de seis meses para que a empresa que venceu a licitação contrate pessoal, adquira os equipamentos e esteja pronta para fazer os investimentos, assim como para operar e manter a rede. Em seguida, disse o presidente da Compesa, eles terão um prazo máximo de dois anos, sob pena de multa, para que estejam operando nas condições de projeto. E dentro de cinco anos, a contar da ordem de serviço que será dada nos próximos seis meses, todas as unidades devem estar adequadas à legislação ambiental atual. Ou seja: tratando todo o esgoto que é coletado.


Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=79253

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