Por Kleber Monteiro
Da Folha de Pernambuco
Da Folha de Pernambuco
Entre os meses de abril e maio, a taxa de desemprego na Região Metropolitana do Recife (RMR) manteve-se praticamente estável, apresentando variação negativa de apenas 0,3 ponto percentual, ou seja, caiu de 6,4 em abril, para 6,1% no mês de maio. No País, a taxa de desocupação foi estimada em 5,8%, sem variação em relação ao resultado apurado em abril (5,8%). Em comparação a maio de 2012 (5,8%), a taxa no Brasil também não apresentou mudanças. Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também revelou que 102 mil pessoas estão desempregadas na RMR. Isso aponta uma queda de 6,7% no contingente de desocupados. No Brasil, chega a 1,4 milhão de pessoas.
Os dados mostram ainda que o setor da indústria foi o que mais demitiu na Capital pernambucana, com cerca de 23 mil desligamentos, o que equivale a uma redução de 11,6% das vagas ocupadas. Em relação às demissões, o analista financeiro e professor da Faculdade Boa Viagem, Roberto Ferreira, explica que o setor já vem apresentando uma queda crescente em termos de produção, o que acaba por refletir no número de desligamentos. “Além da queda nos termos de produção e produtividade, há uma competição com os produtos produzidos pela indústria nacional e os importados que, muitas vezes, têm preços mais competitivos”, comenta.
Já o rendimento médio do trabalhador, que caiu de R$ 1.385,80, em abril, para R$ 1.305,80, em maio, foi influenciado pela inflação, segundo a opinião Ferreira. “Estamos com uma retomada da inflação. O salário mínimo, que foi aumentado em janeiro, com o passar dos meses vem perdendo o poder de compra”, explica o analista. No País, o rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.863,60) foi considerado estável em comparação com abril. Frente a maio do ano passado, o poder de compra dos ocupados cresceu 1,4%.
Ainda na RMR, houve crescimento do contingente dos empregados nos serviços domésticos, com uma variação positiva de 12,3%. Na opinião de Roberto Ferreira, esse número pode representar um aumento de trabalhadores autônomos no setor. “Acredito que o aumento do contingente esteja ligado à quantidade de pessoas que perderam o emprego por causa da PEC das Domésticas e acabaram retornando ao mercado como diaristas”, explica.
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