Com o desempenho fraco do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses do ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no último dia 29 uma mudança na política econômica do governo federal, que pretende dar prioridade ao investimento e não mais ao consumo. No entanto, para conseguir alavancar as aplicações em obras e na compra de equipamentos, será preciso percorrer um longo caminho.
Os investimentos da União e do conjunto de empresas estatais, somados, chegaram a R$ 46,4 bilhões este ano, segundo matéria do portal Contas Abertas. O desembolso, em valores constantes, é 6% maior do que o montante aplicado no mesmo período do ano passado, quando o valor das duas esferas atingiu R$ 43,8 bilhões.
O levantamento, feito pela publicação, levou em consideração os dados da União até maio (R$ 16,4 bilhões) e das estatais até abril (R$ 30 bilhões), os últimos disponíveis.
Esse montante superior de 2013 é, também, 13% maior do que o aplicado em 2011. Já na comparação com 2010, no entanto, os investimentos deste ano são 7,1% menores. No exercício daquele ano, quando a economia cresceu 7,5%, quase R$ 50 bilhões foram aplicados em obras e compras de equipamentos.
De acordo com a publicação, os investimentos de Estatais e da União, em 2013, devem somar R$ 222,1 bilhões. O montante de R$ 46,4 bilhões aplicados até agora representa 20,9% dessa previsão. A União investiu 14,8% (R$ 111,3 bilhões).
O economista Mansueto Almeida, do Ipea, acredita que a “arrumação” realizada pela presidente Dilma Rousseff no primeiro ano de mandato afetou a capacidade de investimentos do governo. “Em razão das denúncias de corrupção, por exemplo, ainda não foi possível recuperar a real capacidade de investimentos da administração”, explicou à publicação. Ele ainda detalhou que a dinâmica fica clara quando são analisados os ministérios, no caso dos investimentos da União.
Já as empresas estatais, por sua vez, parecem ter superado a crise de 2011, e bateram o recorde para o período. Ate o segundo bimestre de 2013, foram realizados R$ 30 bilhões em investimentos, da dotação de R$ 110,8 bilhões atual aprovada para o exercício. O desempenho, de acordo com a matéria, é o melhor da série histórica, iniciada há 13 anos. O crescimento real foi de R$ 1,5 bilhão.
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