O caráter difuso das manifestações que, há mais de uma semana, ganham as ruas do País contribui para o pensamento de que esses protestos não sugerem uma mudança prática no Brasil. O generalismo com que as reivindicações são realizadas levanta uma suposta necessidade de o movimento ter que dar um próximo passo para que não perder o seu sentido e, sobretudo, o seu poder de mobilização.
Como a lista de pontos questionados pelos manifestantes é extensa e inclui transformações em diferentes áreas, como saúde, educação e infraestrutura, começam a surgir os defensores de um ordenamento das ideias expostas nesses protestos.
Essa corrente indica que as mudanças sugeridas por esses movimentos não podem se dar apenas pela expressão do sentimento popular. Ressaltam que é necessária uma organização, o segmento de normas para a mudança das estruturas formais existentes.
E a elaboração e projetos de iniciativa popular, a exemplo do Ficha Limpa, começam a ser identificados como um mecanismo capaz de diminuir o atual ar subjetivo das manifestações.
Propostas como a fixação de percentuais específicos do Produto Interno Bruto (PIB) para as áreas da educação e saúde, por exemplo, são vistas como a materialização perfeita para o discurso que domina as ruas do Brasil. Vamos torcer para que essa possibilidade não se perca com o tempo.
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