PESQUISA Levantamento do
Instituto Maurício de Nassau revela que entrada do senador petista mudou
o cenário da disputa no Recife
Sérgio Montenegro Filho
A
entrada do senador Humberto Costa na disputa eleitoral do Recife como
pré-candidato do PT, em substituição ao prefeito João da Costa,
modificou significativamente o cenário de intenções de voto na capital
pernambucana. A nova rodada de pesquisa do Instituto de Pesquisa
Maurício de Nassau (IMPN) feita em parceria com o Jornal do Commercio
sobre a sucessão deste ano revela a liderança absoluta do petista em
todas as simulações. A amostragem, que ouviu 816 eleitores, foi
realizada nos dias 11 e 12 deste mês, cerca de uma semana após a decisão
da direção nacional do PT de cancelar o resultado da prévia e indicar o
nome de Humberto como candidato à PCR. Até o levantamento anterior,
divulgado em 18 de março, João da Costa ainda era candidato à reeleição,
e aparecia com uma média de 20% das intenções de voto.
A nova
pesquisa JC/IPMN apresentou aos entrevistados quatro cenários possíveis
para a disputa pela Prefeitura do Recife. Em todos eles, Humberto mantém
uma média de 36% das citações, liderando com uma folga de, no mínimo,
18 pontos percentuais sobre o pré-candidato do DEM, deputado federal
Mendonça Filho, que aparece sempre em segundo lugar(veja tabela nesta
página). Outra novidade é o posicionamento do pré-candidato do PSDB,
deputado estadual Daniel Coelho, que mantém a terceira colocação, sempre
com um ponto percentual à frente do deputado federal Raul Henry (PMDB).
O
primeiro cenário da amostragem inclui praticamente todos os nomes
especulados pelos partidos até agora, à exceção dos nomes ventilados no
PSB, fato ocorrido somente após a realização do levantamento. A
distância entre Humberto e Mendonça é a mais curta. O petista aparece
com 35% das intenções de voto, contra 17% do democrata. Nessa simulação
como em todas as demais Daniel Coelho recebeu 5% das citações e Raul
Henry, 4%. Na quinta colocação, com 3%, surge o senador Armando Monteiro
Neto (PTB), que não se declara candidato mas tem seu nome especulado.
Em sexto ficam o deputado federal Paulo Rubem (PDT) e o ex-deputado Raul
Jungmann (PPS), ambos com 2%.
Se for levada em conta a margem de
erro da pesquisa, de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos,
todos os candidatos, a partir da terceira colocação, estão tecnicamente
empatados. É relevante, ainda, o índice de 20% de entrevistados que
declararam a intenção de votar em branco ou anular o voto, assim como a
fatia de 13% que não souberam ou não quiseram responder ao levantamento.
Os pré-candidatos Roberto Numeriano (PCB) e Albanise Pires (PSOL) foram
listados, mas receberam citações menores que 1%.
No segundo
cenário elaborado na pesquisa, com a retirada do nome de Paulo Rubem da
lista, Humberto Costa ganha dois pontos, subindo para 37%, enquanto
Mendonça Filho perde dois, caindo para 15%. Numa terceira simulação, o
petebista Armando Monteiro é substituído pelo seu correligionário Sílvio
Costa Filho, que não consegue pontuar. Nesse caso, o pré-candidato
petista ganha um ponto em relação ao primeiro cenário (16%), enquanto o
democrata mantém os 17%. A última simulação exclui os dois nomes do PTB e
o do PDT, mantendo apenas cinco concorrentes. Nesse caso, Humberto
continua com os 16% do terceiro cenário, enquanto Mendonça obtém seu
melhor índice, ficando com 18% das citações.
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