Foto: Enildo Amaral/BC
Do Jornal do Commercio desta sexta-feira (7).
BRASÍLIA - Após intensificar o ritmo de alta dos juros na última semana, o Banco Central deve elevar a taxa básica - a Selic - dos atuais 8% ao ano para 9% ou mais nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), avaliam analistas.
O BC reforçou nesta quinta-feira (6) sua preocupação com a inflação, dando nova indicação de que o ciclo total de elevação da Selic será mais intenso.
A mensagem está na ata da reunião do Copom, que traz detalhes sobre o que influenciou a decisão de elevar os juros na semana passada de 7,5% para 8% ao ano.
Leia também: Copom eleva taxa Selic para 8% ao ano
Ao elevar os juros para conter a inflação, o governo afasta o velho fantasma do descontrole dos preços, mas sacrifica o crescimento. Isso porque juros mais altos comprometem investimentos de empresas, geração de empregos e tomada de empréstimos para consumo, por exemplo.
Segundo relatórios divulgados ontem por economistas, o documento sinaliza claramente que o BC está preocupado com a alta dos preços no País. A ata do Copom não deixa dúvidas do comprometimento da autoridade monetária com o controle da inflação.
"De maneira simples, a diretoria do Banco Central deixou claro que irá, sim, subir a Selic, e, pelo que nos parece do tom do documento, serão mais duas altas de meio ponto percentual", afirma André Perfeito, economista-chefe da corretora Gradual. Nesse caso, a Selic subiria para 9%.
A mensagem é reforçada nos parágrafos 33 e 34 da ata, em que a autoridade monetária afirma que "o cenário prospectivo para a inflação é desfavorável e que há uma tendência de elevação do índice acumulado em 12 meses - que hoje está em 6,49%, praticamente no teto da meta do BC, de 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo."
O Copom destaca que, em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação como o observado nos últimos doze meses persistam no horizonte relevante para a política monetária, destaca o parágrafo 34.
Na avaliação da LCA Consultores, a ata parece indicar que a Selic pode chegar a 9% ou até um pouco acima disso. A consultoria destaca principalmente o parágrafo 28 do documento, em que o BC afirma que, devido a danos causados pela persistência do atual processo inflacionário nas decisões de consumo e investimento da população, seria apropriada a intensificação do ritmo de ajuste das condições monetárias em curso.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, já havia manifestado publicamente preocupação com o impacto negativo da inflação alta sobre os gastos de empresários e consumidores.
BRASÍLIA - Após intensificar o ritmo de alta dos juros na última semana, o Banco Central deve elevar a taxa básica - a Selic - dos atuais 8% ao ano para 9% ou mais nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), avaliam analistas.
O BC reforçou nesta quinta-feira (6) sua preocupação com a inflação, dando nova indicação de que o ciclo total de elevação da Selic será mais intenso.
A mensagem está na ata da reunião do Copom, que traz detalhes sobre o que influenciou a decisão de elevar os juros na semana passada de 7,5% para 8% ao ano.
Leia também: Copom eleva taxa Selic para 8% ao ano
Ao elevar os juros para conter a inflação, o governo afasta o velho fantasma do descontrole dos preços, mas sacrifica o crescimento. Isso porque juros mais altos comprometem investimentos de empresas, geração de empregos e tomada de empréstimos para consumo, por exemplo.
Segundo relatórios divulgados ontem por economistas, o documento sinaliza claramente que o BC está preocupado com a alta dos preços no País. A ata do Copom não deixa dúvidas do comprometimento da autoridade monetária com o controle da inflação.
"De maneira simples, a diretoria do Banco Central deixou claro que irá, sim, subir a Selic, e, pelo que nos parece do tom do documento, serão mais duas altas de meio ponto percentual", afirma André Perfeito, economista-chefe da corretora Gradual. Nesse caso, a Selic subiria para 9%.
A mensagem é reforçada nos parágrafos 33 e 34 da ata, em que a autoridade monetária afirma que "o cenário prospectivo para a inflação é desfavorável e que há uma tendência de elevação do índice acumulado em 12 meses - que hoje está em 6,49%, praticamente no teto da meta do BC, de 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo."
O Copom destaca que, em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação como o observado nos últimos doze meses persistam no horizonte relevante para a política monetária, destaca o parágrafo 34.
Na avaliação da LCA Consultores, a ata parece indicar que a Selic pode chegar a 9% ou até um pouco acima disso. A consultoria destaca principalmente o parágrafo 28 do documento, em que o BC afirma que, devido a danos causados pela persistência do atual processo inflacionário nas decisões de consumo e investimento da população, seria apropriada a intensificação do ritmo de ajuste das condições monetárias em curso.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, já havia manifestado publicamente preocupação com o impacto negativo da inflação alta sobre os gastos de empresários e consumidores.
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