Agência Brasil (Rio de Janeiro) – A valorização do dólar, embora
interfira diretamente sobre o resultado financeiro da Petrobras, não é
razão para um reajuste imediato dos combustíveis no Brasil, uma vez que o
preço do petróleo no mercado internacional sofreu uma leve retração,
disse nesta quarta-feira (6) a presidenta da Petrobras, Graça Foster.
Ela participou do programa Brasil em Pauta, transmitido ao vivo pela NBR
da sede da empresa, no Rio de Janeiro.
Não houve, segundo Graça Foster, nenhum anúncio sobre aumento do
preço de combustíveis em nenhuma bomba, de nenhum posto revendedor, de
qualquer bandeira. “O preço da gasolina é o mesmo há muitos e muitos
anos, na porta das nossas refinarias”. Mas, para ela, “a expectativa é
que, em algum momento, não há esse prazo definido, nós façamos, sim, uma
correção do preço da gasolina e do diesel”. A presidenta da Petrobras
deixou claro que não há previsão de prazo para que isso ocorra.
Indagada sobre a questão do conteúdo nacional na produção de bens e
serviços para o setor de petróleo, ela esclareceu que cada área de
operação da empresa tem um percentual de conteúdo local diferenciado, de
acordo com os equipamentos usados. Daí, a impossibilidade de se fazer
uma “generalização de conteúdo local”.
Apesar disso, Graça Foster informou que para alguns segmentos, como gasodutos, por exemplo, o nível de conteúdo local já chegou a mais de 90%. Em outros equipamentos de produção, como sondas de perfuração offshore (alto-mar), entretanto, a empresa não fez nada ainda no Brasil. Ela alertou, porém, que a Petrobras tem 33 sondas de perfuração a serem construídas no país. “O conteúdo local varia em torno de 50% e 55%”. Acrescentou que a orientação do governo federal e da Petrobras “é que nós façamos no Brasil tudo que pode ser construído no país”. A presidenta da Petrobras considerou que atingir 70%, na média, em todas as áreas, é um número razoável.
Apesar disso, Graça Foster informou que para alguns segmentos, como gasodutos, por exemplo, o nível de conteúdo local já chegou a mais de 90%. Em outros equipamentos de produção, como sondas de perfuração offshore (alto-mar), entretanto, a empresa não fez nada ainda no Brasil. Ela alertou, porém, que a Petrobras tem 33 sondas de perfuração a serem construídas no país. “O conteúdo local varia em torno de 50% e 55%”. Acrescentou que a orientação do governo federal e da Petrobras “é que nós façamos no Brasil tudo que pode ser construído no país”. A presidenta da Petrobras considerou que atingir 70%, na média, em todas as áreas, é um número razoável.
Graça Foster disse estar torcendo para que seja aprovada a lei que
trata dos royalties do petróleo e gás no Brasil, para não dificultar o
processo de exploração na camada pré-sal, tendo em vista a realização
nos próximos dois anos, no máximo, das licitações para novos blocos
exploratórios. “Porque várias empresas operadoras não têm o mesmo
portfólio, o mesmo número de oportunidades exploratórias, que a
Petrobras tem. Por isso, nós torcemos para que seja resolvida, em tempo
adequado, a questão da distribuição de royalties no Brasil”.
Para atender aos planos de expansão da estatal, segundo a presidenta
da Petrobras, o número de profissionais próprios qualificados, hoje da
ordem de 70 mil, terá de ser ampliado em mais 15 mil funcionários, até
2014. Esse processo vai depender, porém, do “progresso da curva de
produção”, ressaltou. Ela lembrou, nesse sentido, dos empregos criados a
partir da atividade da Petrobras, nos fornecedores e subfornecedores da
empresa. “Para dar conta do nosso plano de negócio, alguma coisa em
torno de 200 mil empregos deverão estar sendo gerados nos próximos anos,
fora da Petrobras”.
A empresa, de acordo com Graça Foster, está concluindo a revisão do
plano atual de investimentos e negócios para o período 2011 e 2015, que
prevê aplicação de recursos no valor de US$ 224,7 bilhões. “É o maior
plano de investimentos de uma empresa de petróleo no mundo”. Em algumas
semanas, o plano revisado estará sendo submetido à apreciação do
Conselho de Administração da estatal.
As reservas incorporadas da estatal alcançam 15,7 bilhões de barris
de óleo equivalente e gás natural, e a expectativa é passar a ter 31
bilhões de barris de óleo equivalente. Do mesmo modo, informou a
presidenta da empresa que a meta é passar dos atuais 2,5 milhões de
barris de petróleo produzidos por dia para cerca de 6 milhões de barris
de petróleo diários, dentro de oito ou dez anos, com a exploração do
pré-sal.
Graça Foster negou a existência de desastres ambientais provocados
por operações de petróleo no Brasil, de modo geral, ou pela empresa, em
particular. A Petrobras, assegurou ela, trabalha com investimentos
preventivos, para impedir a ocorrência de quaisquer acidentes nas
atividades da estatal, tanto em terra, como no mar, nas áreas de
exploração e produção. A orientação é combater o mínimo vazamento que
seja, disse, dentro da meta estabelecida de vazamento zero. “Nós temos
um imenso cuidado com o meio ambiente, zelamos pelo meio ambiente”,
declarou.
Segundo ela, todo projeto desenvolvido pela estatal discute
previamente todas as questões ambientais nas reuniões de diretoria, em
especial as ações preventivas. O mesmo ocorre em relação à correção e
atuação rápida, caso suceda alguma perda ou vazamento de óleo.
Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=29262
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