É fato que boa parte da população brasileira tem em Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, uma referência e nutre o desejo de tê-lo como presidente do Brasil. Porém, no último domingo (28), em entrevista ao jornal O Globo, o presidente do STF afirmou que não é candidato à Presidência e que o país não está preparado para “um presidente negro”.
Em recentes pesquisas de intenção de voto, Barbosa tem surgido como opção para as eleições do ano que vem. De acordo com a reportagem, o ministro afirmou ainda que nunca cogitou entrar na política, mas não esclarece se sua decisão é definitiva. As candidaturas para a disputa de 2014 só serão oficializadas em junho do ano que vem.
O ministro também teria criticado os “bolsões de intolerância”, citando como exemplo algumas “investidas” da Folha de São Paulo, como a reportagem do último dia 13 que mostrou que o ministro adquiriu um apartamento em Miami (EUA) por meio de uma empresa que tem por sede o apartamento da União que Barbosa ocupa em Brasília.
A compra de imóvel no exterior por meio de empresa resulta em benefícios fiscais. O ministro alegou que a reportagem foi uma “invasão brutal” da sua privacidade e que “o jornal se achou no direito de expor a compra de imóvel modesto nos EUA”.
Por meio de nota, a direção da Folha de São Paulo afirmou que “Joaquim Barbosa ainda não está acostumado ao cargo, que o expõe ao escrutínio público e reduz sua privacidade”.
O presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais), Nino Toldo, defendeu uma apuração sobre as circunstâncias da compra. Na avaliação de Nino, a abertura da empresa configura afronta à Lei Orgânica da Magistratura, que veda aos magistrados “exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista”.
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