A devolução do patrocínio de R$ 3,5 milhões do Governo do Estado à edição deste ano da Feira Literária Internacional de Pernambuco, a Fliporto, após o jornal Folha de São Paulo destacar a relação de parentesco entre o governador Eduardo Campos e o organizador do Fliporto, Antônio Campos, reacendeu a polêmica sobre a organização de eventos literários no Estado. A Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros (Andelivros), a Cia de Eventos e a própria Fliporto travam um embate público, com direito a troca de farpas. A Cia. de Eventos, como antecipado pelo Blog da Folha no domingo, criticou a ausência de apoio financeiro da administração estadual à IX Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, enquanto a Fliporto fora beneficiada com um volume considerável de recursos.
A Cia. de Eventos, que comanda a IX edição da Bienal, reclama que, ao invés de patrocinar a feira, a Empetur passou a cobrar pelo aluguel do Centro de Convenções – em torno de R$ 600 mil. O que, conforme a direção da empresa, é algo inédito e que traz dificuldades à realização do evento. Em resposta à cobrança feita pela Cia de Eventos, a Andelivros veio a público questionar a propriedade da Bienal. A entidade alega em nota que é a verdadeira idealizadora da feira e que a Cia. de Eventos se apropriou da Bienal, questionando a legitimidade da reclamação pelo patrocínio.
As duas empresas travaram na Justiça um embate pela exclusividade na promoção do evento, mas Rogério Robalinho, da Cia de Eventos, assegura que o Tribunal de Justiça de Pernambuco lhe concedeu o direito exclusivo de realização. Diante do impasse, a diretoria da Câmara Brasileira do Livro (CBL) se posicionou contrária aos rumos tomados no embate entre as empresas e optou por não apoiar as diferentes iniciativas promovidas.
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