quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Jaques Wagner questiona órgãos de fiscalizações

Governador da Bahia defende ponto de equilíbrio entre as fiscalizações (Foto: Peu Ricardo)











Durante o Exame Fórum Nordeste, realizado nesta terça-feira (13), em um hotel da zona sul do Recife, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), questionou os órgãos de fiscalizações do dinheiro público existentes no Brasil. Na sua avaliação, apesar de o número de empresas fiscalizadoras ser grande, a corrupção não foi combatida. “Ladrão sofisticado supera qualquer obstáculo que você colocar”, destacou o petista.


“Esse controle não está sendo eficiente. Porque se fosse eficiente com tanto controle já era para a corrupção ter cessado”, argumentou em sua fala. “A lei 8666 todo mundo sabe que está ultrapassada e a gente continua com ela. Se ela fosse boa não teria tanto roubo acontecendo embaixo da saía da própria lei. Se tem tanto controle e rouba o problema é de mais controle? Eu não acho. O problema é de mais transparência e talvez de uma forma de controle que seja mais inteligente”, complementou o governador da Bahia.

Jaques reiterou que não é contrário aos órgãos de fiscalização, mas que precisa haver um ponto de equilíbrio, caso contrário o Brasil vai parar e quem é honesto vai desistir de fazer. “Eu quero fazer uma adutora, o cara me diz que vai fazer a adutora por R$ 100 milhões e o outro por R$ 110. Aí quem oferece o melhor preço você fecha. Esse cara pode ter pago R$ 0,10 a mais em um metro de tela, mas ter pago R$ 2 a menos naquilo que é mais importante. Eu não posso olhar cada detalhe, eu tenho que olhar o preço fechado das coisas. A gente faz o preço da obra como um todo, não dá para fazer esse cruzamento porque senão a gente não faz nada”, justificou.

De acordo com o governador, a Bahia paga um alto preço pelo excesso de fiscalização. A ferrovia leste/oeste ficou parada seis, sete meses e ao afinal se viu que a hipótese de que ia se comprar dormentes mais barato não se concretizou, mas ficou seis sete meses parada”, criticou. A saída, na sua opinião, é facilitar as contratações e apertar a fiscalização, a execução e não antes da obra começar.


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