sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Números no CE reafirmam necessidade do Mais Médico


Só 10% das 834 vagas do programa Mais Médicos no Ceará foram preenchidas por profissionais do próprio estado, de acordo com Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo. Somando os 86 médicos cearenses que se inscreveram para outras regiões, 106 postos foram ocupados por brasileiros. E 728 ficaram vazios. O Ministério da Saúde divulga nesta quinta-feira (29) o número de estrangeiros que será enviado ao interior do estado para preencher essas centenas de vagas.

O Ceará virou símbolo da resistência de médicos brasileiros ao programa depois que os cubanos foram chamados de “escravos” por vários deles numa manifestação na última segunda-feira (26), em Fortaleza. A adesão de prefeitos ao Mais Médicos, no entanto, foi maciça. Das 184 cidades do Ceará, 150 aderiram ofereceram vagas para a contratação de profissionais.

O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB) lamentou o que ocorreu. “A carência de médicos é incontestável.” Ele diz que, ao receber os cubanos no aeroporto, reencontrou um dos profissionais que contratou para trabalhar em Sobral quando era prefeito da cidade, na década passada. “As vagas agora foram oferecidas aos brasileiros e eles não quiseram. Esse momento de passionalismo e radicalismo é esquisito. Precisamos fazer uma terapia coletiva no país.”


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