Por essa, acho que nem o Karl Marx esperava
É preciso que entendamos que sempre que o consumo de qualquer serviço ou produto for muito elevado; terá forte impacto na inflação. Quando uma pequena parcela da sociedade consume muito, a exemplo da classe media, que viaja para gastar seus dólares no Exterior, esse consumismo exacerbado afeta pouco os índices inflacionários. Porém, quando uma classe bem mais representativa da sociedade passa a ter um maior poder de compra, esse impacto sempre é maior na inflação por um simples fato, a lei da oferta e da procura.
Nos últimos dez anos a classe C passou a crescer e a aumentar o seu poder de compra e com isso impulsionando os índices inflacionários para o alto. A indústria no Brasil não quer ou não tem condições de atender a imensa demanda desta parcela da sociedade, que somadas às categorias A e B sufocam a capacidade de produção em todos os segmentos da indústria nacional. Isso, somando-se ao péssimo estado das nossas malhas viárias e a deficiência dos nossos principais meios de escoamento da produção industrial acaba criando uma bolha de problemas ainda maior.
O Brasil, por não está preparado para crescer, não surfa na onda do aumento de consumo da população, assim como, a economia americana faz. Na América a população é incentivada ao consumismo, mas a indústria dá conta da alta demanda, fazendo com que, embora exista o alto consumo por todas as camadas sociais, não seja necessário o aumento no preço dos produtos e serviços. A reportagem do Diário, desse sábado, relata o significado da incapacidade de gerir o consumismo em nosso País, tendo em vista, que por deficiência de dar conta da demanda consumista sobre tudo, das classes mais baixas C e D, tenta-se conter esta demanda por meio da inflação com base na lei da oferta e da procura; fato tão comum na história da humanidade.
Por fim, acreditamos que só conteremos de fato a inflação advinda o consumismo (diferente daquela inflação dos anos 80 que tinha sua origem na recessão), quando conseguirmos conviver pacificamente com o crescimento do poder de compra das classes menos favorecidas, evitando que o aumento do consumo seja motivo para o aumento dos preços e consequentemente da famigerada inflação. Enquanto isso não ocorrer, creio eu que, o dólar se manterá crescente sobre o real e a classe média e maior consumidora dos artigos importados e acostumada a viajar para o exterior, terá que refazer as suas contas, pois o dólar continuará a subir e se manterá como está bem cotado, bem longe dos R$ 2,00 tão deseja por todos.
Parabéns a presidenta Dilma, que fomentou, de forma incontestável, a economia de baixa renda em nosso País. Confio em sua seriedade para observar que sem produzirmos mais e baixarmos o custo com o transporte de mercadorias, não seremos capazes de vencer a inflação consumista do bem, porém, perigosa.
Vereador Robson Leite.
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