Candidato criticou as políticas de incentivos fiscais no Estado (Maurício Ferry/Folha de Pernambuco)
Em sabatina com empresários do Estado, o candidato da coligação Pernambuco Vai Mais Longe ao Governo, senador Armando Monteiro Neto (PTB), reafirmou o compromisso com quatro eixos de seu programa de governo. Em discurso na tarde desta segunda-feira (15) na Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o parlamentar discorreu sobre suas propostas para a infraestrutura, a educação, a criação de um ambiente na área regulatória e tributária melhor e inovação.
Mostrando-se à vontade, Armando Neto falou da familiaridade com o debate, devido à sua trajetória. “Sempre tive essa identidade com essa agenda da indústria”, declarou o petebista ao iniciar seu discurso.
O candidato do PTB voltou a criticar a política de incentivos fiscais no Estado, afirmando que o governo concede incentivos a empresas que não geram empregos e que o Estado não beneficia o micro e pequeno empresário. Segundo ele, as duas classes sustentam o Estado. O senador também defendeu o aperfeiçoamento do Prodepe com relação aos incentivos fiscais e disse que o modelo tributário precisa ser repensado.
O candidato, no entanto, não poupou críticas ao seu principal adversário, o postulante da Frente Popular, Paulo Câmara (PSB). Ele aproveitou o momento de considerações finais para alfinetar o socialista. Armando Neto afirmou que há “uma tendência que os marketings vão ganhando cada vez mais importância nas produções de estúdio e de resto nivelam os candidatos”.
“As pessoas são de repente colocadas diante de textos que as assessorias cada vez mais standard produzem. E no marketing elas são sempre muito bem produzidas, se apresentam de forma correta, fluída e quase sempre apresentam propostas para as mesmas coisas”, provocou. Ele chegou a reconhecer a liderança do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo em agosto, em Santos (SP).
Por isso, defendeu a importância do debate das propostas. Nas suas considerações, ele se credenciou para assumir a gestão estadual por acreditar que tem perfil e lastro político para exercer o cargo.
“Não desprezem o perfil político. Pelo contrário, valorize. Porque há uma diferença entre governança e gestão. Governança é ter a capacidade de definir rumos, de ter visão estratégica. [...] E gestão é algo que corresponde ao domínio de processos. É algo muito importante na estrutura dos Estados. Mas a experiência indica que gestores existem em várias áreas. Agora, políticos é algo que não tem pronto na prateleira. Não existe um processo de recrutamento para políticos”, disse Armando Monteiro Neto.
Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=181424
Nenhum comentário :
Postar um comentário