O candidato ao governo do Estado pela coligação Pernambuco Vai Mais Longe, Armando Monteiro Neto (PTB), ingressou com uma representação junto ao Ministério Público Eleitoral (MPE), nesta quinta-feira (11), pedindo a investigação sobre a isenção fiscal dada à Bandeirantes Pneus e a ligação da empresa com o postulante Paulo Câmara (PSB). A Bandeirantes estaria envolvida na compra do jato Cessna que caiu no dia 13 de agosto, vitimando o ex-governador Eduardo Campos.
No pedido, o petebista alega que Câmara já utilizou o avião durante ato da campanha eleitoral deste ano e cobra explicação do adversário. “Aguardamos que o MPE possa promover as investigações e a apuração desses fatos que a nosso juízo tem já materialidade para justificar essa questão que possa seguir. Nós estamos dando sequência a esse processo. Iniciamos pedido esclarecimento ao próprio candidato (Paulo Câmara). Como não houve uma posição, claramente na linha de não querer esclarecimento, então nós entendemos que era nosso dever fazer a representação”, explicou Armando.
O advogado da Frente Popular, Carlos Neves, afirmou que não estava ciente do pedido de representação feita por Armando. No entanto, o jurista disse que o adversário está criando mais um “factoide”. “Vamos aguardar, mas responderemos. O decreto foi no governo de Jarbas Vasconcelos (senador pelo PMDB), de conceder benefícios a Bandeirantes e outras empresas do Estado. E eram submetidos à Fiepe (Federação das Indústrias de Pernambuco) que Armando faz parte. Os fatos que eles apontam é uma sucessão de mentiras que foram ditas, de forma caluniosa”, disse.
De acordo com a assessoria da Procuradoria, a representação já foi entregue ao gabinete do órgão, para ser protocolada e cadastrada no sistema de gerenciamento de processos. O material será encaminhado para João Bosco Fontes, a quem caberá analisar o conteúdo da documentação e tomar as providências cabíveis: instaurar um procedimento para apurar os fatos, ou determinar o arquivamento da representação (caso ele verifique que não houve ilícito eleitoral). Não há um prazo legal para que a análise seja feita.
Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=180963
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