segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Humberto: Dilma recebeu “herança” positiva

Líder do PT no Senado, Humberto Costa destaca, nesta entrevista exclusiva ao Blog da Folha, que o primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff (PT) foi marcado pela inovação programas de infraestrutura e social, ao mesmo tempo que deu novos rumos ao controle da inflação e da crise econômica. Por outro lado, o petista reconhece a dificuldade que a gestão teve nos 12 meses iniciais por conta dos escândalos nos ministérios, mas ressalta que a administração agiu com firmeza nos episódios. “A herança que ela recebeu é positiva. Hoje, o Brasil é um país equilibrado, em crescimento econômico, com reservas cambiais, sem inflação e gerando empregos”, sintetiza o parlamentar, frisando as positivas avaliações no início de mandato segundo amostragens do instituto Datafolha.

Senador, qual a sua avaliação em relação ao primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff?
Muito positiva. Ela conseguiu dar conta do recado no Governo Federal, com a continuidade do governo do ex-presidente Lula. Mas, ao mesmo tempo, a presidente Dilma também inovou com diversos programas de infraestrutura e social. A presidente também deu um novo rumo aos problemas da inflação e da crise econômica. Apesar de os problemas mundiais, o Brasil tem conseguido se destacar como um país que está no roteiro de crescimento e desenvolvimento econômico, como um país que tem equilíbrio fiscal e da inflação.

Quais os pontos altos e baixos (erros e acertos) que se podem observar nesses 12 primeiros meses?
Poderia citar como pontos altos os novos programas, sobretudo na área de assistência social, como o programa de erradicação da miséria. Na área de infraestrutura, têm os projetos e as novas ações e obras do PAC. Por outro lado, tivemos dificuldade com a crise em relação a vários ministérios, ponto de maior dificuldade ao longo do primeiro ano e a repercussão da crise econômica internacional no país.

Dá para considerar que o Governo Dilma é de continuidade ou a presidente já conseguiu incorporar uma identidade própria a administração?
São as duas coisas: é um governo de continuidade aos princípios e ao projeto iniciado ainda com o ex-presidente Lula, mas também um governo que tem inovado, que tem procurado deixar as suas marcas. Um exemplo são os programas que a presidente Dilma vem desempenhando, como já citei, a exemplo o da erradicação da miséria.

Os sucessivos escândalos de corrupção – que levaram as demissões de ministros no Governo Federal – podem ser considerados uma “herança” do Governo Lula? E a presidente Dilma continua, no que muitos chamam, na “sombra” de Lula?
A presidente tem um governo que é gigantesco. Antes, a mídia e oposição se sentavam nos ministros do PT e, agora no governo Dilma, elas têm o objetivo de minorar a base política da presidente. O que tem se assistido é a busca permanente de denúncias nos ministérios de outros partidos. É um governo grande, mas existe sim algum tipo de irregularidade, porém ela tem agido com firmeza, se mostrando intolerante com qualquer tipo de caso de corrupção. Se for analisar os percentuais de aprovação com o do ex-presidente Lula, comparativamente, Dilma tem avaliação até maior. Ela não está na sombra do ex-presidente Lula, já imprime uma marca própria no governo.

Apesar dos escândalos no Governo Federal, as pesquisas de popularidade da presidente apontam um elevado índice de confiança do povo brasileiro, chegando a ultrapassar ao do ex-presidente Lula, em uma das amostragens. A que se deve toda essa popularidade da presidente?

Os percentuais altos se devem ao fato de suceder ao um governo bastante exitoso, com controle fiscal e crescimento econômico, de empregos e renda do povo. Isso é que é a base diferencial do governo Dilma e Lula. A herança que ela recebeu é positiva. Hoje, o Brasil é um país equilibrado, em crescimento econômico, com reservas cambiais, sem inflação e gerando empregos.

As vitórias do governo no Congresso (salário mínimo, RDC e DRU) podem ser creditadas devido a força política e influência da presidente Dilma ou por questão de fisiologismo partidário?
A presidente Dilma tem uma grande força pela própria avaliação que obteve da sociedade. Tem o governo que leva o prestígio parlamentar, que votam temas de interesse da população. As aprovações demonstram a força política que a presidente tem e a sua importante influência. Ela tem um governo amplo, que praticamente todas as forças estão representadas. Isso cria laço de unidade forte entre as bancadas e o governo. Outro componente é que governo tem, dentro da legalidade e prioridade, permitido que os parlamentares possam ter emendas liberadas.


Fonte:http://www1.folhape.com.br/blogdafolha/?p=1969

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