Caro Magno Martins, em meados de 2010 participei de uma reunião política do Cabo e levantei a seguinte tese: Não há como o PSDB manter, em 2012, as candidaturas de Elias Gomes, em Jaboatão e de seu Filho, Betinho Gomes, Cabo.
Na hora alguns afirmaram que essa minha tese não fazia qualquer sentido. Só o Secretário de Desenvolvimento Econômico do Cabo, Abel Neto, teve a sensibilidade de entender que aquela ilação minha tinha, sim, lógica e sentido.
A minha explicação: Não interessa a Eduardo Campos a mera possibilidade do Grupo de Elias Gomes dominar duas cidades tão estratégicas e com orçamentos tão expressivos. Além do mais estaria sob o “ controle” desse grupo uma massa eleitoral em torno de 600 mil eleitores.
Em 2014, Eduardo Campos, teria, obrigatoriamente, que render-se a Elias, diante de todo o seu poderio. A composição da chapa teria que ser discutida com ele(Elias).
Também não interessa a Sérgio Guerra, vez que se tal fato ocorresse (Eleição de Elias e Betinho simultaneamente), Sérgio Guerra deixaria de ser o homem forte do PSDB e Eduardo passaria tratar de política com Elias, relegando Guerra ao segundo plano.
Eduardo não possui motivos para permitir o fortalecimento de Elias. Elias foi Eleito em 1982 para Prefeito do Cabo com a ajuda de Arraes, que voltando do exílio usou toda sua força a favor de Elias, após, este, queimar o filme de Lúcio Monteiro(hoje PCdo B), sendo eleito na sublegenda do então MDB. Em 1988, Elias conseguiu eleger se sucessor, este sim, amigo e aliado de Arraes, que foi o extinto Eronides Soares. Porém, logo rompeu com Eronides, vez que ainda queria mandar na Prefeitura.
Em 1990, Elias foi candidato a Deputado Estadual pelo PMDB, com o n° 15102 tendo sido em eleito. Em 1994, Elias, depois de um mandato inexpressivo e, por isso, decidiu não disputar a reeleição para Deputado. Como líder do PMDB, na Assembléia Legislativa, incentivou e foi o maior entusiasta do lançamento da candidatura própria pelo PMDB. Cid Sampaio, mais tarde, fora abandonado por ele.
Quando o PMDB tomou gosto pela candidatura própria, Elias Gomes abandonou o barco e foi apoiar Arraes para receber em troca a Administração de Fernando de Noronha. Arraes venceu as eleições, esmagando José Múcio, numa campanha histórica e Elias, assumiu Noronha.
Arraes Governador. Elias ingressa do PSB para usar a força política de Arraes e ser eleito Prefeito do Cabo de Santo Agostinho, pela segunda vez, em 1996.
Com a força de Arraes enfraquecida e com a derrota pra Jarbas em 1998, Elias deixa o PSB, junto com Fernando Bezerra Coelho e ingressa no PPS para fazer a travessia tranqüila e menos traumática para o Grupo de Jarbas, ou seja, o Poder de plantão.
Arraes acusou o golpe e entendeu, a partir daquele momento, que Elias era aliado do Poder e não de Arraes. Mais tarde, Elias negocia com Jarbas e assume a Secretaria de Justiça. Em 1996, apóia ardorosamente Mendonça Filho, em detrimento de Eduardo Campos. Elias Gomes não acreditou na eleição de Eduardo Campos, se tivesse acreditado o teria apoiado, já no primeiro turno.
Com a eleição de Eduardo Campos, Elias Gomes, matreiramente, ingressou no PSDB, aliou-se a Sérgio Guerra e começou tudo de novo: reaproximar-se de Eduardo, não, a idéia era aproximar-se do Poder. A partir daí passou a divulgar e, fazendo questão de tornar público, que era amigo pessoal de Eduardo Campos. Foram várias as insinuações e uma insistência grande para ter o apoio do Governador para seu projeto de reeleição, em Jaboatão.
Eduardo Campos comportou-se e se comporta como um estadista, tratando institucionalmente Elias, em respeito ao povo de Jaboatão. Enquanto isso, Elias confundiu essa qualidade de Estadista de Eduardo, achando que esse trato era de amigos.
Amigos, Eduardo Campos têm e, sabe quem são. Os amigos não são circunstanciais. Elias foi reeleito Prefeito do Cabo e Eduardo respondia a um infundado processo, sendo absolvido mais tarde. Eduardo, no momento mais difícil de sua vida, não encontrou Elias. O então Prefeito Elias Gomes fugia de Eduardo que tanto o ajudou, como se ele fosse um leproso. Eduardo sabe que amigo não abandona o outro, nem se esconde nos momentos difíceis. Eduardo sabe e, lembra bem desse fato. Arraes, antes, morrera sem falar com ele(Elias), vítima de tantas traições.
Hoje Elias sonha com o apoio de Eduardo para sua reeleição e, parece-me que não terá. O PSB já afirmou que seu filho Betinho Gomes será tratado como adversário, no Cabo. E Sérgio Guerra, também avisou que não há espaços para os dois: ou Elias Gomes, em Jaboatão ou Betinho, no Cabo.
A corda de Elias esticou demais. E a sua reeleição, em Jaboatão e a eleição do seu filho Betinho, no Cabo simultaneamente, só interessa aos dois. É querer demais.
Cabo de Santo Agostinho, 06 de dezembro de 2012.
Paulo Farias do Monte
* Advogado e Vice-Presidente do PSD do Cabo de Santo Agostinho.
Na hora alguns afirmaram que essa minha tese não fazia qualquer sentido. Só o Secretário de Desenvolvimento Econômico do Cabo, Abel Neto, teve a sensibilidade de entender que aquela ilação minha tinha, sim, lógica e sentido.
A minha explicação: Não interessa a Eduardo Campos a mera possibilidade do Grupo de Elias Gomes dominar duas cidades tão estratégicas e com orçamentos tão expressivos. Além do mais estaria sob o “ controle” desse grupo uma massa eleitoral em torno de 600 mil eleitores.
Em 2014, Eduardo Campos, teria, obrigatoriamente, que render-se a Elias, diante de todo o seu poderio. A composição da chapa teria que ser discutida com ele(Elias).
Também não interessa a Sérgio Guerra, vez que se tal fato ocorresse (Eleição de Elias e Betinho simultaneamente), Sérgio Guerra deixaria de ser o homem forte do PSDB e Eduardo passaria tratar de política com Elias, relegando Guerra ao segundo plano.
Eduardo não possui motivos para permitir o fortalecimento de Elias. Elias foi Eleito em 1982 para Prefeito do Cabo com a ajuda de Arraes, que voltando do exílio usou toda sua força a favor de Elias, após, este, queimar o filme de Lúcio Monteiro(hoje PCdo B), sendo eleito na sublegenda do então MDB. Em 1988, Elias conseguiu eleger se sucessor, este sim, amigo e aliado de Arraes, que foi o extinto Eronides Soares. Porém, logo rompeu com Eronides, vez que ainda queria mandar na Prefeitura.
Em 1990, Elias foi candidato a Deputado Estadual pelo PMDB, com o n° 15102 tendo sido em eleito. Em 1994, Elias, depois de um mandato inexpressivo e, por isso, decidiu não disputar a reeleição para Deputado. Como líder do PMDB, na Assembléia Legislativa, incentivou e foi o maior entusiasta do lançamento da candidatura própria pelo PMDB. Cid Sampaio, mais tarde, fora abandonado por ele.
Quando o PMDB tomou gosto pela candidatura própria, Elias Gomes abandonou o barco e foi apoiar Arraes para receber em troca a Administração de Fernando de Noronha. Arraes venceu as eleições, esmagando José Múcio, numa campanha histórica e Elias, assumiu Noronha.
Arraes Governador. Elias ingressa do PSB para usar a força política de Arraes e ser eleito Prefeito do Cabo de Santo Agostinho, pela segunda vez, em 1996.
Com a força de Arraes enfraquecida e com a derrota pra Jarbas em 1998, Elias deixa o PSB, junto com Fernando Bezerra Coelho e ingressa no PPS para fazer a travessia tranqüila e menos traumática para o Grupo de Jarbas, ou seja, o Poder de plantão.
Arraes acusou o golpe e entendeu, a partir daquele momento, que Elias era aliado do Poder e não de Arraes. Mais tarde, Elias negocia com Jarbas e assume a Secretaria de Justiça. Em 1996, apóia ardorosamente Mendonça Filho, em detrimento de Eduardo Campos. Elias Gomes não acreditou na eleição de Eduardo Campos, se tivesse acreditado o teria apoiado, já no primeiro turno.
Com a eleição de Eduardo Campos, Elias Gomes, matreiramente, ingressou no PSDB, aliou-se a Sérgio Guerra e começou tudo de novo: reaproximar-se de Eduardo, não, a idéia era aproximar-se do Poder. A partir daí passou a divulgar e, fazendo questão de tornar público, que era amigo pessoal de Eduardo Campos. Foram várias as insinuações e uma insistência grande para ter o apoio do Governador para seu projeto de reeleição, em Jaboatão.
Eduardo Campos comportou-se e se comporta como um estadista, tratando institucionalmente Elias, em respeito ao povo de Jaboatão. Enquanto isso, Elias confundiu essa qualidade de Estadista de Eduardo, achando que esse trato era de amigos.
Amigos, Eduardo Campos têm e, sabe quem são. Os amigos não são circunstanciais. Elias foi reeleito Prefeito do Cabo e Eduardo respondia a um infundado processo, sendo absolvido mais tarde. Eduardo, no momento mais difícil de sua vida, não encontrou Elias. O então Prefeito Elias Gomes fugia de Eduardo que tanto o ajudou, como se ele fosse um leproso. Eduardo sabe que amigo não abandona o outro, nem se esconde nos momentos difíceis. Eduardo sabe e, lembra bem desse fato. Arraes, antes, morrera sem falar com ele(Elias), vítima de tantas traições.
Hoje Elias sonha com o apoio de Eduardo para sua reeleição e, parece-me que não terá. O PSB já afirmou que seu filho Betinho Gomes será tratado como adversário, no Cabo. E Sérgio Guerra, também avisou que não há espaços para os dois: ou Elias Gomes, em Jaboatão ou Betinho, no Cabo.
A corda de Elias esticou demais. E a sua reeleição, em Jaboatão e a eleição do seu filho Betinho, no Cabo simultaneamente, só interessa aos dois. É querer demais.
Cabo de Santo Agostinho, 06 de dezembro de 2012.
Paulo Farias do Monte
* Advogado e Vice-Presidente do PSD do Cabo de Santo Agostinho.
Fonte:http://batistaneto.com.br/politica/vice-presidente-do-psd-destila-veneno-contra-os-gomes/
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