quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Pernambuco puxa Nordeste

MACRO Estado deve fechar o ano com um crescimento de 5,59%, enquanto o Nordeste irá acumular 3,8% e o Brasil, 3,1%, diz Datamétrica


Em 2012, Pernambuco continuará sendo o Estado responsável por puxar o crescimento econômico do Nordeste, região que, desde 2002, atinge taxas melhores que a do Brasil. Segundo estimativas reveladas pela consultoria pernambucana Datamétrica, o Estado deve fechar o ano com um crescimento de 5,59%, enquanto o Nordeste irá acumular 3,8% e o Brasil, 3,1%. Para o próximo ano, a expectativa é que o índice estadual fique em 5,93%, o nordestino em 4,10% e o brasileiro em 3,46%. Pernambuco deve crescer, em média, 2,14% ao ano acima do Brasil na próxima década. Os números foram apresentado ontem durante o evento de encontro de comitês da Câmara Americana de Comércio (Amcham-Recife).

Na opinião do economista Alexandre Rands, presidente da Datamétrica, os resultados são fruto, principalmente, dos investimentos na indústria e da expansão dos serviços e da construção civil. "Ao contrário do que muita gente pensa, o consumo não vem sendo o principal motor da aceleração", diz ele, que acha que a construção civil deverá continuar aquecida nos próximos anos, mas talvez com preços menores.

"O longo período de estagnação econômica foi superado. A onda de investimentos não parece ter se esgotado. A economia pernambucana passa por uma profunda transformação estrutural, com maior participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) e uma composição do produto industrial menos dependente da volatilidade da demanda global", analisa. Ainda de acordo com Rands, o fraco desempenho recente da indústria nordestina foi, em grande parte, influenciado pelos números baianos, que respondem por 1/3 do setor na região.

Outra prova do dinamismo local é a arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que deve superar a marca de R$ 1 em dezembro. "O extraordinário crescimento das importações de bens de capital também atestam o crescimento". Entre 2010 e 2011, o Estado aumentou as compras em 86,89%, enquanto, para o Nordeste, esta taxa ficou em 17,62% e, para o Brasil, em 16,86%. A participação das importações de bens de capital de Pernambuco no total do Nordeste foi de quase 30%, mostrou Rands, baseados nos números do Ministério do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

AMCHAM

Levantamento realizado com 231 executivos de empresas associadas à Amcham, em todo o País, mostrou que, do ponto de vista macroeconômico, 79% esperam aumento da inflação no fechamento do ano e 50% apostam em estabilidade para 2012. Em relação a expectativa quanto aos juros, 35% acreditam que as taxas serão crescentes, enquanto 42% apostam na estabilidade. O otimismo nas vendas ficou aquém de 2010, com 71% dos entrevistados fazendo boas apostas, contra os 79% antes verificados.

Fonte: JC

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