quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vida Urbana Presos sem indulto de Natal 2011


Imagem: INES CAMPELO/DP/D.A PRESS


Em nome da segurança pública, o governo do estado resolveu radicalizar. De forma inédita, o Comitê Gestor do Pacto pela Vida decidiu suspender o indulto de final de ano concedido aos presos em regime semiaberto. A Secretaria de Ressocialização apontou como justificativa o aumento da violência nesse período. Segundo o órgão, muitos detentos liberados voltam a praticar crimes. Para frear os índices de assassinatos, o governo já havia suspendido as férias dos policiais neste mês. Entre janeiro e novembro deste ano, houve 37 homicídios a mais que em 2010. É a primeira vez que nenhuma redução será atingida pelo programa.

“Precisamos diminuir os números de homicídios no estado. A decisão, durante reunião do Pacto pela Vida, foi uma ação conjunta. Historicamente, há mais crimes nessa época de festas”, afirmou o secretário de Ressocialização, coronel Romero Ribeiro. Segundo ele, esses quatro dias suspensos serão recompensados em janeiro. “Neste mês, eles também terão um dia a mais de visitas de familiares e encontros conjugais”, disse. Além de quarta-feira e domingo, o sábado foi liberado.

Atualmente, há 3.234 presos em regime semiaberto no estado. Eles estão instalados na Penitenciária Agroindustrial, em Itamaracá, ou em Canhotinho, no Agreste. A lei de Execução Penal determina que eles têm direito a 35 dias de saída para casa anualmente, ou seja, cerca de três dias por mês. São liberados também nos períodos de Natal, ano novo, finados, Dia dos Pais, das Mães e das Crianças. No ano passado, 2.104 presos foram beneficiados com indulto de final de ano. Cerca de 5%, no entanto, não voltaram às penitenciárias.

As dificuldades para reduzir as taxas de homicídios levaram o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, a reunir representantes dos municípios da Região Metropolitana. Ele cobrou investimentos no trânsito, na iluminação pública e o reordenamento dos pontos comerciais. Apontou ainda o recente multirão carcerário, que liberou cerca de 3 mil presos, como uma das causas do aumento da criminalidade. (Raphael Guerra)

Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2011/12/15/vidaurbana1_0.asp

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