sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

4,3 mil trotes

Falsas comunicações atrapalharam serviços de emergência durante a folia. Mesma pessoa fez 232 ligações

(Raphael Guerra)

Os números 190, do Ciods, e 193, do Corpo de Bombeiros, que deveriam receber apenas denúncias e pedidos de socorro, não foram utilizados por todos de forma correta durante o carnaval. Da 0h da sexta-feira à meia-noite da quarta-feira de cinzas, 77.954 ligações foram registradas. Destas, 4.362 eram trotes. Pelo menos 232 falsas comunicações foram feitas pela mesma pessoa em um único dia. O balanço foi apresentado ontem pela Secretaria de Defesa Social (SDS), quando também foram divulgados os números de assassinatos no estado no período de carnaval. Neste ano, foram 69 homicídios, contra 78 em 2011. Em focos de folia oficiais, houve duas mortes - uma em Itamaracá e outra no Cabo de Santo Agostinho.

O secretário-executivo da SDS, Alessandro Carvalho, determinou que os responsáveis pelos trotes sejam punidos. “Nós já listamos as dez pessoas que mais passaram trotes e vamos entrar com um procedimento policial contra elas”, afirmou. Segundo Carvalho, quando uma ligação desse tipo é atendida, uma ocorrência de verdade pode deixar de ser recebida e solucionada pela polícia. A pena para quem pratica um trote é de até três anos de detenção e multa.


Cerca de 36 mil profissionais participação da operação de carnaval. Em até 30 dias, um relatório será produzido com os principais pontos positivos e negativos do trabalho realizado pela SDS. Entre as medidas, o órgão pretende identificar quais polos precisarão de reforço no policiamento em 2013. “Um deles é a Praça do Arsenal (Bairro do Recife). Pela quantidade de pessoas, precisamos de mais policiais”, disse.


Livro


Na entrevista, uma nova edição do livro com fotos e informações dos foragidos mais procurados do estado foi entregue ao procurador-geral do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Aguinaldo Fenelon. “A Justiça não pode dormir enquanto as pessoas estiverem acordadas. O trabalho é conjunto entre a polícia e o Poder Judiciário para combater a criminalidade”, definiu Fenelon. No livro, há 493 pessoas procuradas. Destas, 139 já foram presas. O Ministério Público receberá 300 edições.


Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2012/02/24/vidaurbana7_0.asp

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