quinta-feira, 22 de março de 2012

Via-crúcis de João da Costa e de Rands

Petistas terão que cumprir um roteiro para consolidar seus nomes na disputa interna do partido

O encontro entre o prefeito do Recife, João da Costa (PT), e governador Eduardo Campos (PSB), realizado na terça-feira, no Palácio das Princesas, aliviou um pouco a situação do petista, mas não o livrou do bombardeio do fogo-amigo dentro e fora do PT. Com a entrada em cena do secretário estadual de Governo, Maurício Rands (PT) como alternativa ao seu nome, João da Costa precisa mais do que nunca se movimentar para aparar as arestas e ainda conseguir o que hoje parece pouco provável, o de se consolidar como candidato de consenso da Frente Popular.

Para o prefeito, o jogo não terminou. Ele aposta num consenso até o final do mês. Mas se não for possível, o petista garantiu ontem que vai defender o próprio governo, mostrando-se confiante na vitória, caso venha a enfrentar as prévias no PT. Para evitar um confronto interno, João da Costa terá que vencer muitos obstáculos.


No campo local, o prefeito necessitará de habilidade política para retomar as conversas com as lideranças da frente, encontrar um caminho para se reaproximar do senador Humberto Costa (PT) e procurar reatar, o que é quase impossível, a amizade do ex-prefeito João Paulo (PT). Também precisará ter uma boa relação com a Câmara de Vereadores do Recife.


Ontem, durante a apresentação de propostas para implantação de edifícios garagens na cidade, o prefeito sofreu algumas baixas. Apenas o líder do governo na Câmara, Luiz Eustáquio (PT), compareceu. A ausência de lideranças do partido, como os vereadores Jurandir Liberal (presidente da Casa), Osmar Ricardo e Jairo Britto foram percebidas.


Já no campo nacional, a alternativa para João da Costa se manter na disputa é buscar uma conversa o mais rápido possível com o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, além de conseguir o apoio da direção nacional do partido. Para os defensores de Rands, é hora de arrumar o processo eleitoral e colocar as questões da cidade acima das divergências do partido. Pelo andar da carruagem, o petista vem demonstrando disposição de enfrentar João da Costa numa eventual prévia.


“Aceitei que meu nome fosse colocado para discussão do PT. A política é a arte da construção. Vou continuar com a proposta de buscar a unidade. O tempo é o tempo da política. Existem os prazos da resolução do partido que devem ser cumpridos”, explicou o secretário de governo. (Cláudia Eloi)


Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/2012/03/22/politica2_0.asp

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