terça-feira, 21 de agosto de 2012

Empresas de Suape não confirmam número de demissões por conta da greve


Vinte dias depois de iniciada a greve no canteiro de obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e PetroquímicaSuape (PQS), as empresas dos consórcios envolvidos nos dois empreendimentos resolveram endurecer. Nesta segunda-feira (20), a novidade foram as demissões de centenas de trabalhadores alocados no complexo industrial. O número é impreciso e, embora líderes do movimento paredista cheguem a citar até mil desligamentos, a informação não é endossada nem pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil Pesada (Sintepav) e nem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil Pesada (Sinicon).

Antes da paralisação, trabalhavam nas duas obras cerca de 54 mil operários, de acordo com o Sinicon, que representa as empresas. De acordo com nota à imprensa emitida pela entidade nesta segunda (20), “as novas contratações ocorrerão de acordo com a necessidade de cada empresa”. O Sinicon comunica também que, desde a última sexta (17), quase metade dos 54 mil empregados das duas obras voltaram ao trabalho normalmente.

“Os trabalhadores só serão oficialmente demitidos após a homologação das demissões no sindicato. Neste momento, será feita a conferência de toda a documentação e sobre a legalidade da dispensa, incluindo a conferência de cálculos dos direitos trabalhistas e se os demitidos tinham algum tipo de imunidade, como participar de comissões. Se houver alguma irregularidade, o sindicato vai atuar para que os operários tenham seus direitos garantidos”, informou o Sintepav, através de sua assessoria de comunicação.

As demissões seriam uma punição pelo tumulto do último dia 8 de agosto, quando oito ônibus foram queimados e houve confronto com a polícia. Na última sexta (17), uma reunião em Brasília, na Secretaria Especial da Presidência da República, tentou uma conciliação entre empresas e operários. Entretanto, sem contar com representação dos funcionários, ficou decidido que o secretário das Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, assumirá a função de conciliação entre as partes.

Histórico
O movimento grevista nos canteiros de obras da Refinaria Abreu e Lima e da PetroquímicaSuape começou oficialmente no último dia 1º de agosto, pela discordância em relação ao acordo coletivo aprovado em assembleia no dia 27 de julho. Na ocasião, ficou estabelecido reajuste de 10,5%, vale-alimentação de R$ 260 e equiparação salarial entre funcionários de mesma função trabalhando em empresas diferentes, entre outros pontos negociados.

Algumas funções receberiam até 40% de reajuste (devido à equiparação salarial). A paralisação foi julgada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e o Ministério Público do Trabalho (MPT-PE) também intermediou algumas rodadas de conciliação na expectativa de acabar com os conflitos.


Fonte:http://www.diariodepernambuco.com.br/app/outros/ultimas-noticias/46,37,46,3/2012/08/20/internas_economia,391958/empresas-de-suape-nao-confirmam-numero-de-demissoes-por-conta-da-greve.shtml

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