terça-feira, 21 de agosto de 2012

Humberto critica projeto de viadutos



(Foto: Sergio Figueiredo/Divulgação)





















Por Monaliza Brito
Da Folha de Pernambuco


O candidato do PT a Prefeitura do Recife, Humberto Costa, participou ontem de um debate promovido pelo Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco). O encontro aconteceu na sede do órgão, no bairro da Torre, e reuniu profissionais da área interessados em conhecer as propostas do atual senador para a cidade do Recife. Este é o primeiro debate de uma série, que deve receber ainda o tucano Daniel Coelho (03/09), o democrata Mendonça Filho (10/09) e o socialista Geraldo Júlio (data a ser definida).

Entre os principais temas abordados estiveram mobilidade, saneamento, limpeza e ordenamento urbano, e habitação. Humberto defendeu o protagonismo da Prefeitura na negociação de obras importantes para a cidade, tais como o polêmico projeto de construção dos viadutos da Av. Agamenon Magalhães, que face as críticas, já corre o risco de um recuo por parte do Governo do Estado no tocante a sua implementação. “Falta autoridade. É preciso uma prefeitura viva em relação a essas questões”, bradou o candidato, afirmando que faltou diálogo e posicionamento do Governo Municipal no planejamento do projeto.

“Há hoje uma tendência mundial de não investir em viadutos”, destacou o prefeiturável, apresentando uma proposta alternativa de construção de vias perimetrais que, junto com a Via Mangue, devem ajudar a desafogar o trânsito na avenida. A mobilidade, segundo ele, tem “gargalos”, mas tem também carência de gestão. “E digo isso não à guisa de críticas, já que este é um problema que ocorre em vários lugares”, justificou o petista, que integra o mesmo partido do atual prefeito João da Costa (PT).

Questionado sobre os motivos que poderiam ter levado a cidade a crescer sem planejamento, uma das principais causas dos atuais problemas, Humberto explicou que a principal dificuldade do Recife foi a falta de consciência da importância de pensar o desenvolvimento antes que ele se materialize. O candidato destacou a necessidade de capacitar e qualificar as pessoas que atuam em áreas técnicas estratégicas que servirão de instrumento para o crescimento da cidade a médio e longo prazos.
Mas o prefeiturável destacou que, apesar do tema ter um peso importante, nem tudo se resume a gestão. “Nesta eleição muitos querem levar a crer que tudo se resolve com gestão. Mas é necessário mais do que isso. O Recife precisa de um líder capaz de unir a cidade, que conheça o caminho das pedras para conseguir verbas e executar projetos. E eu quero exercer este papel, com minha experiência adquirida ao longo dos anos co­mo vereador, secretário, ministro, senador”, completou.


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