sexta-feira, 5 de julho de 2013

Artigo (O País não muda, se você não muda)

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 O País não muda, se você não muda

"O homem é lobo do próprio homem" (Thomas Hobbes, filósofo inglês). A muito que me pergunto: - Será que estamos corretos, quando culpamos os outros pelos nossos pecados? Se não vejamos; queremos que sejam corretos conosco, mas nem sempre somos corretos com o nosso próximo. Desrespeitamos as normas básicas de convivência em sociedade, jogamos lixo no chão, falamos ao celular quando dirigimos, sempre que possível furamos o sinal vermelho ou estacionamos em locais proibidos, bebemos e dirigimos, votamos em troca de favores, oferecemos propinas ao guarda, não limpamos o cocô do nosso cão na calçada e etc.

É justo e é legal toda lei que não seja contra nós mesmos, pois quando a lei não nos favorece temos a tendência de reprova-las. A sociedade não costuma reprovar tais delitos mencionados, pois não os vê como crime, porém, são pequenos delitos aceitáveis e não reprovados pela sociedade que alimentam a corrupção em nosso país.

Lembro-me muito de um caso de um senhor empresário dono de um Shopping em Recife, com os seus cabelos brancos, ao saber que eu era vereador disparou: "Detesto político" - e continuou - "Para mim todos são ladrões". Tanto eu quanto o vendedor que me atendia e os demais clientes da loja nos assustamos com tamanha agressividade por parte de tão bem afeiçoado senhor. Embora tenha pensado em respondê-lo, não o fiz, continuei a circular na loja como se não ouvisse tamanha agressão e foi quando, então, o tal senhor ao perceber a desaprovação por parte das pessoas voltou a me abordar, desta vez em um tom mais ameno. “Amigo, me desculpe pela crítica, porém, tenho raiva de política porque sou dono de um grande shopping na cidade de Recife e tive um prejuízo grande, pois o prefeito não me autorizou a construir mais dois andares no meu shopping por ser o mesmo construído em um terreno pantanoso” - e completou - "Ofereci tudo, mas eles não aceitaram e, por isso, detesto política", foi aí que aproveitando a deixa respondi: “Não se preocupe senhor, jamais ficaria chateado por tais palavras, até porque, não me senti atingido pelas mesmas. Pois, assim como o senhor, um homem já de idade, que embora seja empresário, não significa que, como muitos, sonega imposto, oferece propina para liberação de alvará etc... eu me excluo deste meio político ao qual de certo pessoa tão distinta como o senhor também não faz parte”.

No último domingo, vi quando passava na Av. Herculano Bandeira, no Pina, um senhor sair de sua casa e jogar o seu lixo em frente a uma placa da prefeitura que dizia ser proibido colocar lixo. Dai me vem a conclusão. Não podemos protestar contra a corrupção ou a improbidade administrativa sem que antes façamos uma analise profunda do quanto coautores destes crimes somos. Costume de casa vai a praça, assim dizia a minha mãe.

Um funcionário que frauda um atestado médico para faltar o trabalho no Brasil não se considera criminoso, mas critica a corrupção e a desordem moral dos demais. Pois bem, se você comete pequenos delitos, enquanto peixe pequeno, quando crescer, cometera grandes crimes, pois um político, um juiz, um médico ou delegado corrupto traz consigo de casa os costumes e princípios que os seguiram desde sua infância, até a maturidade, sobre tudo, em sua vida profissional.
Não é a política que corrompe a pessoas e sim pessoas corruptas que são eleitas para cargos públicos por pessoas, na maioria das vezes, que não prestigiam pessoas honestas e que se preocupam com a opinião pública.


Pense nisso!
Robson Leite.

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