(AE) O governo decidiu tirar do papel projetos que estão parados no Ministério da Saúde. O principal deles é a convocação de médicos estrangeiros interessados em trabalhar no serviço público. Os municípios terão de informar ao governo o déficit de médicos em seus postos e hospitais. O salário de um médico que aderir ao programa será de R$ 10 mil. O projeto recebeu críticas de entidades do setor.
Depois de dois anos de discussão, o governo pretende ainda incluir, no próximo ano, a vacina de HPV no Programa Nacional de Imunização. O imunizante estará disponível para meninas de 10 e 11 anos na rede pública de saúde e nas escolas. São três doses, com dois meses de intervalo entre elas, que serão aplicadas mediante a autorização de pais ou responsáveis. A meta é vacinar 80% do público alvo, cerca de 3,3 milhões de pessoas.
A vacina usada é a quadrivalente, produzida pela Merck Sharp Dohme, que protege contra quatro tipos de HPV: 6,11,16 e 18. Os dois últimos respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero. A decisão foi tomada depois de quase dois anos de negociação. A outra empresa que havia participado da disputa era a GSK, produtora de vacina contra a doença chamada bivalente. O acordo firmado com a Merck prevê a transferência de tecnologia para a produção da vacina para o Instituto Butantã. A expectativa é a de que a produção nacional tenha início em 2018. “Esta é a vacina mais moderna disponível”, afirmou Padilha.
O Ministério da Saúde deverá distribuir ainda os medicamentos antirretrovirais para prevenção à aids e não somente para pessoas infectadas pelo HIV.
A vacina custará para o ministério R$ 30 por dose – valor 8% menor daquele que é pago pelo Fundo Rotatório da Organização Pan -Americana de Saúde. A estimativa é a de que a vacina tenha 90% de eficácia. Nos Estados Unidos, segundo o governo, a cobertura vacinal não superou 35%. Mesmo assim, a vacinação trouxe uma redução de 56% nos casos de novas infecções pelo HPV, um vírus que infecta pele e mucosas. Existem mais de 100 tipos deles, mas cerca de 13 estão associados ao câncer. A estimativa é a de que 80% das mulheres sexualmente ativas tenham tido contato com o vírus. Boa parte delas, no entanto, é transitória e o próprio organismo se encarrega de combatê-la.
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