Doze pessoas investigadas por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na negociação de um aditivo de contrato feito em 1998 pela Alstom com a Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE), foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF), nesta sexta-feira (31).
Esta foi a primeira denúncia criminal do caso, investigado há cinco anos. Alstom é acusada de ter pago R$ 23,3 milhões de propina entre 1998 e 2003 para evitar a concorrência de uma licitação e obter um aditivo de contrato durante os governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.
A Justiça ainda não informou se receberá ou não a denúncia contra a multinacional francesa.
Ao portal G1, a Alstom informou por meio de nota que “está atualmente enfrentando acusações no Brasil relativas à não-conformidade com leis e regras de competição” e que “não pode comentar sobre estas alegações, que predominantemente parecem referir-se a questões que ocorreram no início dos anos 2000 ou anteriormente, porque as investigações ainda estão em andamento”.
Além disso, a empresa afirmou que tem implantado regras estritas de conformidade e ética que devem ser aderidas pelos funcionários.
De acordo com o Estado de S. Paulo, um dos acusados é o ex-presidente da EPTE e atual prefeito da Cidade Universitária da USP, José Sidnei Colombo Martini. Outro é o diretor de operações da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, empresa que incorporou a EPTE, Celso Sebastião Cerchiari.
Eles são acusados de corrupção passiva pelo recebimento, de acordo com o MPF, de R$ 4 milhões para fazer compra sem licitação. As informações são de O Globo.
Fonte:http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=150975
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